Sensor inteligente apita na presença de poluição em casas e escritórios

O dispositivo calcula o nível de dióxido de carbono nos ambientes internos

Por Yeska Coelho
17 dez 2020, 06h00

A GXN, braço de inovação do estúdio de arquitetura 3XN, lançou um sensor inteligente que identifica a presença de poluição no ar dentro das casas e escritórios. O AirBird ganhou nome e forma por recuperar a função dos canários amarelos, que costumavam ser levados para as minas de carvão para alertar os trabalhadores sobre o monóxido de carbono e outros gases tóxicos, pois as aves eram mais sensíveis ao odor e adoeciam antes dos mineiros.

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(Divulgação/Casa.com.br)

De maneira semelhante, o AirBird funciona calculando os níveis de dióxido de carbono nos ambientes internos. Locais sem ventilação ou com pouca abertura são os que possuem índices mais elevados, já que os integrantes do espaço exalam CO2, e o gás fica concentrado no espaço. 

Um nível de concentração normal de CO2 no ambiente varia de 350 a 400 partes por milhão de partículas de ar. No entanto, espaços sem refrigeração ou com ar-condicionado antigo e precário chegam a apresentar taxas de até 1.000 partes por milhão (ppm) – uma diferença bem grande e que compromete o bem-estar e a produtividade do grupo envolvido. 

“Frequentemente, a poluição interna nos afeta por um longo período de tempo, então não detectamos necessariamente as mudanças que acontecem ao nosso bem-estar, como cansaço e falta de concentração”, disse o arquiteto e sócio da GXN Lasse Lind.

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(Divulgação/Casa.com.br)

A GXN trouxe a solução em um pequeno dispositivo que é alimentado por bateria em forma de pássaro de origami. A ferramenta possui sensores óticos que são capazes de medir a temperatura e a umidade além do nível de CO2 na sala. “Passamos 90% do nosso tempo em ambientes fechados, onde aprendemos, trabalhamos e vivemos juntos”, afirma o especialista. 

O AirBird tem um algoritmo que é capaz de identificar uma quantidade máxima nos níveis de dióxido de carbono no ambiente. Quando esta fração é ultrapassada, um som estridente ou luz intermitente é disparado para avisar o usuário de que é necessário melhorar a qualidade do ar — seja abrindo as janelas ou se deslocando para um espaço diferente. 

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O projeto foi criado em colaboração com especialistas em sensores Leapcraft e o fabricante de janelas Velux. O AirBird já foi testado em uma escola pública dinamarquesa por mais de um ano e vem sendo melhorado constantemente.

 

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