Google planeja desenvolver modelo de cidade inteligente no Canadá
Com inovações sustentáveis e tecnológicas, o projeto busca revitalizar um terreno abandonado em Toronto
A Google não para mesmo quando o assunto é projetos ambiciosos. Sua empresa-mãe, a Alphabet, planeja construir um bairro dentro de Toronto (Canadá), que servirá como modelo de smart city (ou cidade inteligente, em português).
Desenvolvido em parceria com a Waterfront Toronto, o projeto busca revitalizar a área de Quayside, um terreno abandonado de docas industriais perto da ferrovia, no centro da cidade.
No ano passado, foi divulgado que a paisagem seria dominada por estruturas altas de madeira – uma alternativa mais sustentável às torres de vidro e aço, com 4,9 hectares de alta tecnologia.
No foco de construtoras e escritórios de arquitetura, estas construções emitem menos carbono e dispõem de um material mais adequado, uma vez que a madeira é renovável a partir do reflorestamento.
A sustentabilidade também está presente nos painéis fotovoltaicos espalhados no espaço e na captação de energia geotérmica, a partir do calor no interior da terra.
Para completar o viés verde do projeto, espera-se que 80% do lixo seja reaproveitado através da reciclagem ou compostagem.
Outro detalhe destacável da iniciativa é o seu caráter modular, que permite diferentes usos conforme as necessidades a partir de blocos hexagonais da construção.
Além disso, são prometidas fibras ópticas e wi-fi em velocidade 5G, mesmo que a tecnologia ainda não tenha sido implantada e seja alvo de disputa entre China e Estados Unidos.
Para evitar também o trânsito frenético por caminhões e motoqueiros, a Alphabet planejou uma rede de túneis subterrâneos para a realização de entregas e transporte de materiais, que conta inclusive com a ajuda de robôs.
No entanto, por operar com a coleta de dados para monitorar e rastrear fluxos de tráfego e comportamento dos moradores, a cidade inteligente divide opiniões. E, apesar das projeções detalhadas pela Alphabet, o caráter definitivo do projeto ainda não foi aprovado por ela e nem pelas autoridades regulatórias de Toronto e do Canadá.