A marca italiana de iluminação Artemide desenvolveu uma maneira de transformar lâmpadas em desinfetantes de ambiente, que emitem luz ultravioleta antiviral quando as pessoas não estão por perto.
Chamada Integralis, a tecnologia patenteada pode ser instalada em luminárias e programada por meio de um aplicativo para emitir luz normal quando os quartos estão ocupados e raios ultravioleta quando eles estão vazios.
Embora a luz ultravioleta invisível possa matar patógenos, incluindo vírus, ela pode ser prejudicial aos seres humanos. No entanto, o espectro azul da luz visível também pode ter um efeito antimicrobiano.
“Na presença de pessoas, podem ser utilizadas frequências de emissão e doses de energia que não são prejudiciais aos olhos e à pele, que também atuam inibindo o crescimento de bactérias, mofo e fungos”, afirma a CEO da Artemide, Carlotta de Bevilacqua.
“Na ausência de pessoas, níveis de energia e frequências mais elevados, como os raios ultravioleta, podem ser usados para agir sobre os vírus.”
A tecnologia pode ser usada em uma ampla variedade de acessórios diferentes, embora não possa ser adaptada. “O Integralis adapta-se a uma vasta gama dos nossos produtos, de forma a oferecer a solução ideal não só para a higienização de um espaço, mas também para o desempenho da iluminação nos mais diversos ambientes”, acrescentou de Bevilacqua.
As luminárias podem ser controladas por meio do aplicativo da marca Artemide, permitindo que as luzes em ambientes que não são usados com freqüência, como banheiros ou vestiários, emitam constantemente a luz supressora de bactérias.
As luminárias em salas mais ocupadas podem ser programadas para emitir rajadas curtas de luz ultravioleta mais forte quando ninguém está presente. Segundo o fabricante, a tecnologia pode desinfetar as superfícies e o ar.
“O Integralis passou e ainda passa por extensos testes para poder garantir o nível de saneamento proporcionado pela tecnologia”, explica Bevilacqua.
Ao contrário dos produtos de limpeza, como desinfetantes à base de álcool, a luz pode agir constantemente para prevenir o desenvolvimento de colônias bacterianas. “A Covid-19 certamente nos fez pisar no acelerador, mas já estávamos trabalhando nesse sistema contínuo em nossa pesquisa sobre a correlação entre luz e bem-estar das pessoas”, acrescenta.