Startup brasileira cria móvel, luminária e urna funenária com cogumelos
Especialista no uso do micélio - a parte vegetativa dos cogumelos - a Mush expande seu portfólio com parcerias com designers
Com participação na CASACOR, BOOMSPDESING e até na Semana de Design de Milão, a Mush – startup paranaense de soluções biotecnológicas e especialista no uso de micélio – lança seu primeiro móvel feito à base de cogumelos do Brasil: a mesa Sertão.
Assinada pelo Anima Studio Design, a peça possui conceito inspirado na região brasileira que costuma ser castigada pela seca e pela terra árida e também evoca o poder das conexões e da vida que brota do solo.
A mesa carrega o significado da origem da matéria-prima que também vem da terra: o micélio é a parte vegetativa dos cogumelos, um material biotecnológico feito a partir dos resíduos da agroindústria. É também um produto resistente, biodegradável e totalmente circular que, quando descartado, volta à natureza promovendo o crescimento de novas plantas.
Outro lançamento desenvolvido a partir do material inovador da Mush, a luminária de teto Hogar leva assinatura do estúdio Ola Luminárias Acústicas. Criada para inspirar a sensação de acolhimento e pertencimento, a peça explora a conexão da natureza a partir das referências orgânicas e promove conforto lumínico e acústico no ambiente.
Urna navegar
A urna funerária Navegar, assinada pelo escritório Furf Design Studio, é outro lançamento da empresa. A peça possui formato de “barquinho de papel” e foi concebida para trazer leveza, poesia e homenagear o último momento da vida. A partir do conceito de que navegar é uma forma simbólica de encerrar a jornada na terra, a urna pode se dissolver em poucos dias na água doce ou salgada, tornando-se um fertilizante natural, graças ao material biotecnológico da Mush à base de micélio.
“Nosso material visa a circularidade, essencial para a manutenção da vida no planeta. Ele nasce do resíduo agrícola e retorna à natureza como fertilizante de plantas. A vida é feita de ciclos, e esta peça possui homenageia o fim da jornada de uma pessoa. Em seu último momento, ela impacta de forma positiva o meio ambiente e inspira as gerações futuras”, explica CEO da Mush, Eduardo Sydney.