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Arquitetura contemporânea: cinco caminhos, segundo Sou Fujimoto e outros grandes nomes

O evento “Pontos de vista: faces da arquitetura contemporânea” reuniu o arquiteto japonês Sou Fujimoto, a diretora executiva do Prêmio Pritzker, Martha Thorne, e o escritório FGMF Arquitetos. Num dos projetos mais conhecidos de São Paulo, o MASP – de Lina Bo Bardi – eles discutiram caminhos para a arquitetura hoje.     Quais são […]

Por Por Marina Lacerda
Atualizado em 16 fev 2024, 15h28 - Publicado em 22 ago 2014, 18h43

O evento “Pontos de vista: faces da arquitetura contemporânea” reuniu o arquiteto japonês Sou Fujimoto, a diretora executiva do Prêmio Pritzker, Martha Thorne, e o escritório FGMF Arquitetos. Num dos projetos mais conhecidos de São Paulo, o MASP – de Lina Bo Bardi – eles discutiram caminhos para a arquitetura hoje.  

Quais são os cinco caminhos para a arquitetura contemporânea?

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1-     O Espaço Híbrido

Muitos dos projetos apresentados colocam uma arquitetura que dilui suas paredes. Não se sabe ao certo o que está dentro e o que está fora. Isso é claramente mostrado na Casa NA, em Tóquio, de Sou Fujimoto e na Casa Grelha do escritório FGMF.

2-     Arquitetura Anônima

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Através do Pavilhão Serpentine em Londres, Fujimoto queria criar uma geometria anônima, que fosse parte do mundo e não algo autoral. Martha Thorne também acredita que a arquitetura do futuro não terá apenas um protagonista, pondo em cheque o debate sobre os starchitects, mas será produzida cada vez mais por coletivos.

3-     Interatividade

O escritório FGMF cria na Casa da Pérgolas Deslizantes um sistema que o usuário pode brincar com as pérgolas de acordo com seu humor. Já Fujimoto utiliza sistemas estruturais para dar suporte as interações humanas, como no próprio projeto da Serpentine e no Complexo Comercial desenhado para o Oriente Médio, não construído.

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4-     Novas Escalas

No projeto da Biblioteca da Universidade de Arte Musashino, Fujimoto buscou criar diferentes escalas em um só projeto. Ele queria o conforto da escala residencial, mas também a amplitude da escala de uma floresta, tudo isso em um espaço público.

5-     Arquitetura Preventiva

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Thorne discorreu sobre a importância da arquitetura pensar em construções que antecedam desastres naturais e para isso mostrou um projeto de habitação pré-fabricada realizada pelo ganhador do prêmio Pritzker de 2014, Shigueru Ban.

Evento foi marcado por manifestação por melhorias habitacionais

Na recepção do evento “Pontos de vista: faces da arquitetura contemporânea”, realizada pelo MASP, houve uma enorme ocupação do fanoso vão livre da Paulista.  Pessoas reivindicavam melhorias habitacionais. Na saída, após uma conversa de quase 3 horas, o vão estava quase um deserto urbano. Quem esteve presente naquele local, presenciou arquitetura como palco de possibilidades, cheia ou vazia, colocada por Lina Bo Bardi na produção moderna.

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Não por acaso a palestra do arquiteto japonês Sou Fujimoto, que em breve terá sua primeira residência construída em São Paulo, se pautava em projetos que discutem a todo momento limites entre natureza e arquitetura, dentro e fora, simplicidade e complexidade. Outras possibilidades também foram mostradas em uma retrospectiva da produção de 15 anos do escritório do FGMF. Assim como nas falas da Diretora Executiva do Prêmio Pritzker Martha Thorne e do mediador Guilherme Wisnik.

Quando questionado sobre uma posição de onipotência que a arquitetura muitas vezes se coloca, Sou responde “Tudo está mudando o tempo todo. Mas precisamos entender que todo dia podemos colocar uma ideia nova, para criar o futuro temos que todo dia subir um degrau.”

 

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