Sala de jantar: é melhor tampo de madeira, laca, pedra ou vidro?
A arquiteta Cristiane Schiavoni explica quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de tampo de mesa, considerando o uso da sala de jantar.

No projeto de interiores, é comum que cada ambiente seja acompanhado por uma lista de referências e dilemas que o profissional de arquitetura precisa elucidar com o cliente. E essa realidade também se faz presente na sala de jantar, mais especialmente para a composição da mesa com as cadeiras.
“Avançando a questão do formato, uma dúvida muito comum diz respeito ao material tampo”, revela a arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do seu escritório homônimo.

De acordo com ela, a resposta é individual e vem de acordo com o seu entendimento mediante o perfil do morador e o uso que será dado à sala. Acompanhe os pontos listados e as orientações que a ajudam na escolha segura do mobiliário:
Qual o melhor tampo? Depende do uso
Para Cristiane, no que diz respeito ao tampo da mesa, não existe um material único para todos os projetos e essa decisão vem de encontro, além da estética, com demandas como resistência, praticidade e manutenção – critérios que variam bastante conforme o tipo de acabamento. Entre os mais empregados estão a madeira, vidro, madeira, pedra natural, pedra sintética e laqueado.
Vidro

Escolha bastante frequente por seu visual leve, facilidade de limpeza e por não absorver líquidos, a profissional exalta a praticidade do vidro, mas entrega seus ‘poréns’: para as pessoas mais detalhistas, o fato de marcar a presença de gordura e impressões digitais é um ponto negativo.
“Se for para ficar limpando constantemente, o vidro não serve, pois ninguém pode ficar refém de nunca descuidar”, avalia a profissional, que entrega outra observância: se o vidro não for temperado, torna-se um problema receber panela e travessas quentes sobre sua superfície.
Madeira

Confortável ao toque e esteticamente acolhedor, o tampo de madeira natural traz sofisticação, mas exige atenção, pois manchas de copo e de gordura marcam a superfície com facilidade.
“Quem tem crianças adoram fazer seus desenhos em qualquer lugar, os movimentos lápis e caneta no papel podem ficar eternizados”, adverte Cristiane. Apesar desses contras, os pontos positivos são que a madeira não acumula marcas como o vidro e agrada quando o intuito é atribuir aconchego.
Pedras: granito e mármore

Granitos e mármores estão entre as opções mais duráveis, especialmente quando se trata de riscos e temperatura. Algumas pedras permitem, inclusive, o uso direto de travessas quentes sobre o tampo. No entanto, a profissional argumenta que sua resistência às manchas varia conforme a porosidade: algumas absorvem líquidos com facilidade e exigem manutenção constante.
Laqueado

Com um acabamento moderno e disponível em diversas cores, o tampo laqueado abrange liberdade estética, entretanto Cristiane revela que ele é propenso a riscos e menos resistente ao calor, o que exige uma rotina de uso mais cuidadosa.