Como em muitas outras áreas, na decoração as cores não existem à toa. Elas são capazes de suscitar sensações e sentimentos devido à série de vivências comuns armazenadas em nosso subconsciente.
É por isso que, por exemplo, que conceitos como “novo”, “bem” e “limpo” são atribuídos à cor branca. Enquanto isso, o vermelho é relacionado ao fogo, à paixão, ao amor e também à raiva. O azul, por outro lado, está ligado à calma e à harmonia, e o verde à natureza e esperança. Veja mais sobre a psicologia das cores aqui.
Esta conexão entre cores e sensações tem impacto direto em nosso dia a dia. Segundo disse Petrus Raulino (psiquiatra e responsável pelos Serviços de Interconsulta em Psiquiatria do Hospital Vera Cruz e do Vera Cruz Casa de Saúde) à AKMX, diversas pesquisas apontam que a harmonia das cores, luminosidade e ambiente podem interferir na vitalidade mental e, consequentemente, na produtividade.
Sabendo do poder da psicologia das cores e da variedade de combinações que elas permitem, muitos profissionais apostam em tons do círculo cromático para transformar ambientes. E a nova tendência é o uso de cores mais fechadas, que evocam elegância e sobriedade.
O uso da cor na marcenaria
Há várias formas de inserir as cores em um espaço: nas paredes, no piso, nos acessórios. Uma alternativa bastante utilizada por arquitetos e designers de interiores é a aplicação pontual na marcenaria.
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Essa tendência se dá devido à disponibilidade de novos acabamentos no mercado, como novas cores para as lacas e pintura eletrostática e laminados melamínicos. Optar por armários e móveis coloridos pode garantir à casa uma decoração mais contemporânea. Sobre uma base branca ou de tons neutros, estas cores se destacam e viram protagonistas, dinamizando o décor.
Confira na galeria algumas inspirações de projetos cuja marcenaria é colorida:
Tons fechados ganham destaque no mobiliário
Em contrapartida ao uso de tons pastel, os tons escuros têm ganhado força nos projetos de decoração. Nesta onda, destacam-se cores como azul índigo, azul petróleo, berinjela, marsala, laranja abóbora, mostarda e ocre.
Como dito acima, cores fechadas evocam sensações relacionadas à sobriedade. O preto clássico tende a ser associado com elegância e força, o cinza à solidez e à neutralidade, o marrom à sofisticação, e o violeta à nobreza.
Elas podem ser combinadas entre si como cores análogas ou complementares. Veja algumas inspirações de projetos em que estes tons fechados foram o grande destaque:
Cores primárias são as apostas do designers
Mas nem tudo é sobre tons fechados. Outra aposta entre os profissionais da decoração tem sido as cores primárias e a estética De Stijl e Bauhaus.
O De Stijl se trata de um movimento holandês do ano de 1917 seguido por artistas e arquitetos que propunha formas geométricas abstratas, ascetismo da forma de representação na arte e na arquitetura, e purismo limitado pela funcionalidade.
Enquanto isso, a Bauhaus foi uma escola de arte vanguardista da Alemanha que buscava um design de formas e linhas simplificadas, definidas pela função do objeto.
Os dois movimentos são muito parecidos e valorizavam o uso de cores primárias: vermelho, amarelo e azul, que não são produzidas a partir de outros pigmentos.
Na decoração, elas podem ser poderosas e transformar por inteiro um ambiente, antes sem vida, em um espaço mais jovem, energético e despojado. Confira alguns projetos que se utilizaram desta premissa e se inspire: