Como escolher o tapete certo?

As arquitetas Karina e Ieda Korman explicam como escolher o melhor modelo de tapete para cada ambiente, o tamanho e como combiná-lo com o décor

Por Redação
Atualizado em 19 Maio 2024, 16h45 - Publicado em 18 jun 2023, 19h00
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No projeto executado pela arquiteta Júlia Guadix, o piso de porcelanato com estética amadeirada e o tapete produzido em tear de algodão, sisal e chenille é perfeito para a manutenção da limpeza com o doguinho da casa. (Guilherme Pucci/Casa.com.br)
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Peça fundamental para aquecer um ambiente, trazer conforto acústico, adicionar cor e textura, o tapete tem muitas funções. “Cheios de utilidades, os tapetes podem ser empregados em diversos ambientes, mas pedem por alguns cuidados”, apontam Ieda e Carina Korman, profissionais à frente do escritório Korman Arquitetos. Para facilitar, elas separaram diversas dicas de como empregá-los na decoração.

Como escolher o tapete certo

Sala de estar com tapete azul estampado, mesa de centro com tampo de vidro, sofá branco e cadeiras de madeira.
Nesse projeto, o tapete de origem nepalesa traz um aspecto mesclado e palavras estampadas, conferindo descontração ao estar com piso de travertino rústico e paleta clara. Projeto da Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Casa.com.br)

Tapetes podem ser neutros ou cheios de personalidade e devem ser escolhidos, costumeiramente, após a compra do mobiliário. “Mas se o cliente já possuir uma peça que seja herança de família, por exemplo, o décor será feito pensado para ela”, explica Ieda Korman, que complementa.

Poltrona com pufe e tapete que simula pele de vaca.
Projeto de Ana Cano Milman. (Gustavo Bresciani/Casa.com.br)

“Um tapete deve ser escolhido de acordo com a rotina da família e com o ambiente que será colocado”. Assim, uma casa com pet ou crianças, por exemplo, pede por uma peça mais resistente e fácil de limpar. Uma casa de praia, por outro lado, dispensa peças de lã ou mais peludas. “Nesse caso, o melhor é optar por fibras naturais, corda náutica ou algodão, por exemplo”, diz.

Tamanho e proporção

Sala de estar com tapete claro com estampas marrons e sofás claros.
Para esse living sofisticado, Ieda optou por um tapete desenhado pelo escritório, exclusivamente para o projeto. Projeto da Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Casa.com.br)
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Para definir o melhor tamanho para um tapete, é necessário levar em conta os mobiliários que estão no ambiente. “Em um living, o recomendável é que o tapete seja cerca de 15 ou 20 cm maior do que a área que delimita. Eles devem, ainda, se estender em 20 cm para dentro do sofá”, explica Carina Korman. As poltronas devem estar inteiramente sobre a área do tapete, ou com ao menos metade de seu comprimento.

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Projeto de Inovando Arquitetura. (Gisele Rampazzo/Casa.com.br)

Em salas de jantar, por sua vez, as arquitetas indicam que o tapete tenha ao menos 60 cm a mais do que o lado maior do tampo da mesa. “Assim, é garantido que, ao mover a cadeira, ela não se enroscará na peça”, explicam. Ainda assim, as medidas são variáveis de acordo com cada caso. “É importante se atentar e respeitar o desenho da peça, valorizando-a”, indica Ieda Korman.

O melhor tapete para cada ambiente

Quarto com tapete felpudo, cama de casal e banco roxo.
Para ambientes que pedem por aconchego, como esse home office e quarto projetados os tapetes felpudos são os mais indicados. Projeto da Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Casa.com.br)
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Ambientes diferentes pedem por tapetes diferentes. De modo geral, espaços com muita movimentação devem receber peças de gramatura mais baixa, deixando os tapetes mais felpudos e robustos para os locais em que se passa mais tempo sentado, ou que pedem por aconchego.

Sala de estar com tapete escuro felpudo e poltrona laranja.
(Gui Morelli/Casa.com.br)

Quartos e home theaters são perfeitos para os modelos peludos, mas cuidado com clientes que possuem alergia”, diz Ieda Korman. “Amamos especificar tapetes que peguem toda a extensão da cama, mas, quando se trata de pessoas alérgicas, o melhor é optar por no máximo dois tapetes pequenos ao lado da cama, de fibra lavável”.

Cozinhas dispensam tapetes, ao passo que banheiros podem receber peças pequenas à frente da bacia, pia e chuveiro, garantindo uma pisada confortável.

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Como combinar tapetes

Sala de estar integrada com jantar com tapete longo e estreito estampado.
Funcionando como um delimitador de ambientes, o tapete repousa sobre o piso de limestone cinza e divide o living da sala de jantar. Projeto da Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Casa.com.br)

Por fim, na hora de coordenar os tapetes com o décor, é possível pensar no padrão de estampas e cores em conjunto com as texturas e paletas do mobiliário.

“Se o cliente já possui uma peça marcante, ou optou por um desenho exclusivo e personalizado, o tapete será o ponto de partida. Mas, no geral, os tapetes são os últimos itens a serem definidos”, aponta Ieda.

Sala de estar; tapete listrado; poltrona costela; sofá cinza; mesa de centro; painel ripado; sala de tv;
Projeto de Spaço Interior. (Kadu Lopes/Casa.com.br)
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Assim, é possível levar em conta a paleta de cores escolhida para todo o ambiente, buscando harmonia. “Quando há o desejo por uma sobreposição de tapetes, que dão bossa aos projetos, o ideal é escolher uma peça mais neutra, para a base, e ousar no tapete que vai por cima”, indica.

Quarto amplo com cama de casal e paleta de tons terrosos.
O tom sobre tom também se fez presente neste dormitório, com os tons terrosos eleitos pela arquiteta Patricia Penna começando com uma coloração mais puxada para o pastel, no tapete, e seguindo com tons mais vibrantes, como o amadeirado da cabeceira e o marrom da esquadria das amplas janelas de vidro. (Leandro Moraes/Casa.com.br)

Em alguns casos, os desenhos e padrões marcantes são como obras de arte no chão e funcionam como ponto de destaque. Para quem busca apenas o conforto da peça, as neutras são sempre as mais indicadas, sem risco de errar.

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