Banco na decoração: como aproveitar o móvel em cada ambiente

Multifuncionais, os bancos podem agregar bastante ao décor da casa. Saiba como escolher o material certo e como incorporá-lo em cada espaço:

Por Redação
Atualizado em 10 out 2024, 22h02 - Publicado em 7 nov 2021, 19h00
Na arquitetura de interiores, a execução dos bancos confere muito além de espaço para assento. Nos projetos residenciais, a peça pode agregar a aplicabilidade de baú e nichos para organização de objetos. Projeto do escritório Mirá Arquitetura (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)
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Muitas vezes utilizamos os objetos sem nos darmos conta das suas origens, não é? No caso do banco, a história é resgatada na Antiguidade, quando o homem deduziu que um apoio o permitia se sentar afastado do chão e que isso lhe traria mais conforto.

Com o passar dos anos, o assento foi evoluindo até ser complementado com encosto para apoiar as costas, transformando-se em cadeira. Apesar das adaptações e modificações, os bancos sempre fizeram parte do dia a dia das pessoas, permanecendo no mobiliário das residências até hoje por sua funcionalidade e versatilidade.

Apartamento ganha novo lavabo de 1,50 m² e cozinha com piso xadrez. Projeto de Fernanda Zeitoune . Na foto, quarto, cabeceira.
(André Nazareth/Divulgação)

Eles também são boas opções para o décor do lar, conferindo mais charme e estilo para os ambientes. Isso porque dispõem de diferentes formatos, tamanhos e materiais, sendo bem-vindos em qualquer cômodo da casa.

“Além de assentos e elementos decorativos, os bancos desempenham outras finalidades. Podem ser empregados como mesa de centro, apoio para produtos no banheiro, substitui a uma escadinha na cozinha, além de um acessório prático ao pé da cama, entre outras utilidades, mostrando o quanto esse móvel é versátil”, explica Juliana Rinaldi, sócia de Fernanda Hardt no escritório Mirá Arquitetura.

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Produzida pelas arquitetas da Mirá Arquitetura, a sala de jantar com os bancos conhecidos como canto alemão (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)

A dupla de profissionais afirma que o décor de interiores residencial conta com dois tipos de bancos: aqueles executados em marcenaria sob medida e os soltos. O mais habitual nos lares são os planejados, excelentes para apartamentos menores, uma vez que possibilitam ganhar espaço na circulação.

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“Ao incluir um banco, economizamos espaço que compreende a dimensão de uma cadeira e a área para seu manuseio”, detalha Fernanda. Em contrapartida, os bancos soltos são mais bem aproveitados em salas grandes, criando mais uma alternativa de assento e se diferenciando dos móveis muito volumosos, como sofá e poltronas.

Decoração

 

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Neste apartamento, os clientes solicitaram um amplo aproveitamento da varanda, já que o propósito era ter um lugar propício para recepcionar amigos e familiares. Assim sendo, acompanhando a integração dos ambientes, a marcenaria que deu vida ao banco com nichos para guardar rótulos de vinhos e itens decorativos, na verdade, é uma extensão do rack presente na sala de estar. Para deixar tudo ainda mais gostoso, assento e encosto de futons foram incluídos (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)

Além de multifuncionais, os bancos são excelentes elementos decorativos e podem agregar uma outra cara para o ambiente onde está empregado. Porém, eles devem harmonizar com a decoração proposta no cômodo para não incorrer no risco de um grande contraste com relação aos demais móveis do cômodo nas questões tonalidade, formato ou textura.

Painéis ripados vazados emolduram cama em estúdio de apenas 26 m². Projeto de Carolina Bordonco Interiores. Na foto, sala de estar, banco, tv, mesa redonda.
(Julia Herman/Divulgação)

De olho no equilíbrio, as arquitetas do Mirá Arquitetura recomendam prestar atenção nas medidas, pois o tamanho do banco não pode ultrapassar as proporções do restante do mobiliário.

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“Os bancos sob medida devem seguir o mesmo conceito da marcenaria do apartamento, pois assim temos a sensação de amplitude com a continuidade de materiais. Já com relação aos bancos soltos, conseguimos pensar como um item de destaque na decoração, ainda mais se for modelo imponente ou assinado por um designer reconhecido”, acrescenta Juliana.

Como e onde empregar o banco em casa

Madeira e palhinha marcam presença nos móveis e marcenaria de apê de 100 m². Projeto de Co+Lab Juntos Arquitetura. Na foto, sala de jantar estreita com banco.
(Luiza Schreier/Divulgação)

Todos os cômodos são aptos a receberem bancos. No entanto, em um décor contemporâneo, eles se fazem mais presentes na sala de jantar e na varanda. Como o principal requisito é aplicá-lo em boas ideias e funcionalidades, porém, em um dormitório mais amplo a peça pode ser aproveitada próximo à janela ou em frente à cama.

Acompanhe o olhar de Fernanda e Juliana para o uso do banco em cada cômodo:

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Hall de entrada

Bancada de lâmina sintetizada integra cozinha e área gourmet neste apartamento. Projeto de BMA Studio. Na foto, hall de entrada, sapateira, banco, chapeleira.
(Guilherme Pucci/Divulgação)

Por ser um item com dimensões compatíveis para espaços pequenos, o banco se encaixa perfeitamente no hall de entrada, pois não interfere na passagem dos moradores. Um banco com design moderno e decorado com algumas almofadas atribui estilo para o local.

“Além disso, serve de apoio para bolsas, casacos e chaves, fazendo a função de um aparador, mas sem ocupar muito espaço”, comenta Fernanda.

Sala de estar

Hall de entrada minimalista com espelho orgânico embutido em painel dá boas vindas em apê. Projeto de Fato Estúdio. Na foto, sala de estar, quadro, banco, poltrona branca, sofá branco.
(Fotos: Juliano Colodeti, MCA Estúdio/Produção visual: Andrea Britto Velho e Pualani Giorgio/Divulgação)

Por aqui é possível introduzir bancos de diferentes modelos e formatos para, por exemplo, substituir uma mesinha de centro ou mesas laterais. Caso o sofá esteja com as costas livres, é uma boa pedida para preencher este vão.

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Sala de jantar

 

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Do outro lado do painel de palha, há uma mesa de jantar com um banco lindo que também serve para guardar coisas pois tem baú embaixo do assento. Ao fundo as plantas chamam a atenção para nosso olhar novamente, assim como na sala (Fotos: Luiz Franco | Designer de Interiores: Amanda Glória/Casa.com.br)

Como geralmente estão integradas com o estar, o que resulta em um tamanho reduzido do ambiente, é necessário otimizar os espaços para que o ambiente acomode todos os convidados ao redor da mesa.

A solução é trabalhar em uma proposta onde os bancos substituem as cadeiras, em uma configuração intitulada como banco alemão. “Lembrando que deve ficar sempre encostado na parede”, destaca Juliana.

Quarto

 

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(Marco Antonio/Casa.com.br)

Dialogando com os demais itens do mobiliário, um banco de madeira sem encosto fica super adequado aos pés da cama que, além de apoio para calçar um sapato antes de sair, pode comportar almofadas baixas e futons. E caso a peça seja estofada, a indicação é seguir o estilo das cortinas, tapetes e o enxoval da cama.

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Banheiro

SPA em Casa: banheiro conecta arquitetura e natureza. Projeto de Bruno Dutkievicz e Raphael Meza. Na foto, banheiro com banco e vasos de plantas
(Matheus Kaplun/Divulgação)

No banheiro, facilita a rotina de cuidados de higiene e o momento do banho, trazendo segurança e praticidade em residências com crianças e idosos. De preferência em um tamanho pequeno – para não prejudicar a circulação, o banco valoriza o décor.

Área externa

 

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Na área externa da cobertura, os clientes queriam mais espaço para acolher família e amigos, sem a preocupação de promoverem manutenção constante ou precisar deslocar, com urgência, o mobiliário em dias de chuva. A resolução de Juliana e Fernanda foi aproveitar o ‘L’ para construir um banco de alvenaria revestido em porcelanato que simula a aparência do cimento queimado. Emborrachado e com tecido específico para área externa, os futons podem receber chuva (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)

Para esse tipo de ambiente, resistência e durabilidade dos materiais devem ser considerados em função das intempéries da natureza. Assim sendo, os mais indicados são a madeira, aço, acrílico ou concreto.

Conforto nos bancos

 

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Na área de contemplação, um longo banco sob medida sob a janela mira o lago Guaíba e suas ilhas. Um lugar para relaxar, ler um livro, tomar um mate e para estar com amigos e jogar conversa fora (Marcelo Donadussi/BowerBird)

A principal função do banco ainda é o assento, mas nem todos são feitos com materiais confortáveis, o que pode causar certo incômodo quando se passa mais tempo sentado. Para evitar esse incômodo, almofadas e futons são os aliados. Também é importante pensar na altura, que precisa ser compatível à ergonomia de uma cadeira convencional.

Outros materiais

 

Casa de campo suspensa é prática e teve custo barateado
Feitos de alvenaria e cimento queimado cinza-claro, a lareira e o banco lateral com nichos para livros
e objetos (45 cm de altura) formam um bonito conjunto com o piso, cuja massa recebeu pigmento ocre. (Divulgação/Eduardo Pozella)

A madeira se configura no topo da preferência, mas é fato que os bancos podem ser confeccionados com outros materiais, a depender do projeto.
Banco

Apartamento de arquiteta tem paleta sóbria com toques de azul e verde e academia. Projeto de Natalia Salla. Na foto, varanda pequena, banco de azulejo.
(Gisele Rampazzo/Divulgação)

Segundo as profissionais, não existe limite para a criatividade e os bancos podem ganhar vida com o acrílico, serralheria, plástico, alvenaria e materiais recicláveis, entre outros.

Muito além do sentar-se

 

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Os bancos também podem fazer a função de armazenamento ajudando na organização. Neste projeto do escritório Mirá Arquitetura o móvel ganhou nichos para receber uma caixa organizadora, sapatos ou outros objetos (Nathalie Artaxo/Casa.com.br)

Armazenar objetos também é uma das funções do banco, contribuindo para a organização da casa. Alguns modelos dispõem de nichos para apoiar revistas e livros, além de guardarem os sapatos assim que os moradores chegam da rua.

Os bancos organizadores, como também são conhecidos, costumar ser personalizados para atender demandas específicas da casa.

“Principalmente em imóveis pequenos, os baús são magníficos para equacionar um problema, que é a falta de espaço. Entre tantas viabilidades, ‘escondem’ até vassoura, rodo e aspirador quando não há como fazê-lo na área de serviço”, exemplificam as arquitetas.

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