Temperatura e umidade do ar adequados nos ambientes contribuem para prevenir doenças

Especialista explica como o controle adequado garante mais conforto, além de evitar doenças respiratórias

Por Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 dez 2024, 19h00
Temperatura e umidade do ar adequados nos ambientes contribuem para prevenir doenças.
 (Freepik/Divulgação)
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A elevação das temperaturas tem feito cada vez mais pessoas buscarem alternativas para climatizar os ambientes e garantir conforto nos espaços de casa e de trabalho. O que muitas não sabem é que a saúde respiratória e o bem-estar geral são diretamente afetados por eles, uma vez que a temperatura e a umidade do ar influenciam desde a qualidade do sono até a incidência de doenças respiratórias. Assim, além de uma questão de conforto, o investimento em climatização pode contribuir para a manutenção da saúde do organismo.

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos evidenciou que ambientes com umidade entre 40% e 60% são os mais indicados para evitar a propagação de microrganismos nocivos e melhorar a qualidade do ar.

“Quando a umidade e a temperatura saem do equilíbrio, o corpo humano pode sofrer consequências como dificuldades respiratórias, irritação ocular e até agravamento de doenças crônicas, como a asma. Investir no monitoramento ambiental é essencial para criar espaços mais saudáveis e seguros”, afirma Patrick Galletti, engenheiro de climatização e CEO do Grupo Retec.

Ajustando o ambiente

Ambientes com umidade abaixo de 30% podem causar ressecamento de mucosas, olhos e pele, tornando o corpo mais vulnerável a infecções respiratórias. De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, a umidade abaixo do ideal pode contribuir para a disseminação de vírus, como os da gripe. Por outro lado, níveis superiores a 60% favorecem o crescimento de fungos e ácaros, agravando condições como alergias.

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Para manter o equilíbrio, o uso de sistemas de climatização e de umidificadores pode ajudar a controlar os parâmetros de umidade e temperatura nos ambientes residenciais e corporativos. “O ajuste correto do ar-condicionado, associado ao uso de desumidificadores ou de umidificadores, permite manter o ambiente em uma faixa segura. As tecnologias de monitoramento podem ser aliadas para garantir um ar mais saudável”, aponta Galletti.

Temperatura e umidade do ar adequados nos ambientes contribuem para prevenir doenças.
(Freepik/Divulgação)

No que diz respeito à temperatura, estudos apontam que a ideal para ambientes internos varia entre 22°C e 25°C, pois elas favorecem o funcionamento adequado do organismo, reduzindo o estresse térmico. Além disso, não exigem um desempenho excessivo dos equipamentos, que não precisam trabalhar abaixo dessa faixa de temperatura.

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Planejamento

Manter os ambientes dentro dos parâmetros recomendados é uma questão de saúde. Negligenciar essas variáveis pode acarretar desconfortos persistentes, como dores de cabeça, cansaço e problemas de concentração, já que o corpo gasta mais energia para se adaptar a condições adversas. A proliferação de bactérias e vírus também se torna mais provável, ampliando o risco de doenças contagiosas, especialmente em locais de grande circulação de pessoas.

Patrick Galletti enfatiza que é preciso levar em conta esses fatores na hora de projetar a infraestrutura térmica de uma residência ou edifício profissional. “Quando se ignora a importância desses fatores, o corpo pode reagir com sintomas que vão desde desconfortos menores até complicações mais sérias, como crises alérgicas e infecções recorrentes. Priorizar a qualidade do ar é essencial para prevenir esses problemas e garantir uma vida mais saudável”, conclui.

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