Integrar plantas na decoração vem ganhando destaque nos ambientes residenciais. Elas trazem sensação de aconchego e vida para o espaço e, por essa razão, são boas apostas para todos os ambientes.
Em apartamentos localizados nos grandes centros urbanos, o prazer de se conviver e cultivar plantas é imenso. A dúvida, no entanto, é quais são as melhores espécies para se ter em casa e como inseri-las no décor. “Na prática, nosso trabalho consiste em incluir plantas e elementos ligados à natureza dentro dos ambientes”, afirma a arquiteta Flávia Nobre, sócia da designer de interiores Roberta Saes no escritório Meet Arquitetura.
Muito além de contribuições estéticas, as plantas trazem bem-estar e conforto para os ambientes. Além de também afastarem a negatividade e garantirem frescor ao espaço. “É cientificamente comprovado que essa presença promove bem-estar ao ser humano e, de certa forma, também recorda a nossa brasilidade”, diz Roberta.
As plantas na decoração podem ser incluídas por meio de vasos, prateleiras, caixotes de madeiras, uso de tijolos e uma diversidade de materiais que permitem às profissionais produzirem ambientes com uma única espécie, combinações, jardins verticais e, até mesmo, hortas com temperos. “Elas transmutam completamente a essência dos projetos, trazendo volume e um visual inebriante”, revela Roberta.
Onde incluir plantas em casa?
A maioria das plantas precisam de iluminação e ventilação para sobreviver. Logo, varandas e jardins verticais são, sem dúvida, as principais apostas de ambientes para incluí-las na decoração. É possível criar um verdadeiro oásis verde dependendo do tamanho do espaço que elas estarão posicionadas! “Sempre indicamos iniciar o acervo em áreas como varandas e salas de jantar e estar, de preferência próximos de janelas, que propiciarão ventilação e luz natural tão valiosas para elas”, pontua Flávia.
Mas calma, se você faz questão de incluir plantas em ambientes mais intimistas – como quartos e banheiros – não precisa abrir mão. O importante é saber dosar. “Basta escolher as espécies mais certas para esses cômodos com menos incidência de luz natural e manter os cuidados adequados”, afirma Flávia.
Em relação às espécies eleitas para os ambientes, as especialistas costumam buscar pelas que existem cuidados mais simples e que aceitam bem a iluminação indireta, como samambaias, costela-de-adão, barba de serpente e jiboia.
Cuidados com as plantas na decoração
A maior parte das dúvidas são em relação ao processo de rega, pois cada planta conta com atributos e propriedades específicas de absorção – logo, cada planta tem uma demanda específica de molhar.
Verificar se a terra está úmida ou seca é a premissa básica para analisar o estágio da rega. “Esse é um termômetro que podemos usar como referência. Mas eu ainda diria que, quem recebeu uma planta em casa precisa conhecer um pouquinho mais. Pesquisas na internet e vídeos no YouTube contribuem para o aprendizado do morador que, por sua vez, terá uma convivência amistosa e a satisfação de vê-la em pleno desenvolvimento”, recomenda Flávia.
Além de molhar com regularidade, as especialistas dão uma dica esperta, dando utilidade ao secador de cabelos: com o modo frio, a cada 15 dias, seu uso por toda extensão da folhagem ajuda a retirar a poluição acumulada.
Como aposta final, as profissionais recomendam usar a cautela e a criatividade como aliadas. “Sempre recomendamos começar aos poucos. Muitas vezes, o cliente nos procura com a empolgação de contar com muitas espécies distribuídas pela casa. Mas sempre dizemos que essa relação começa por um aprendizado, no passo a passo”, finaliza Roberta.