A grama é a protagonista silenciosa de muitos jardins, preenchendo todo o espaço, possibilitando o contato com a natureza e um visual harmônico com outras espécies. Porém, não é qualquer grama que trará estas vantagens e exibirão beleza, é necessário ficar atento aos tipos diferentes – com características e necessidades únicas.
Além disso, a espécie também influencia na manutenção do seu jardim ou área externa. A sua escolha deve ser baseada no tom do verde, tamanho das folhas e cuidados – como a quantidade de sol, rega e periodicidade de corte. Para explicar direitinho cada tipo e você não errar na decisão, o arquiteto e paisagista Cezar Scarpato, à frente do escritório Scarpato Arquitetura Paisagística, apresenta algumas dicas:
Tipos de grama
Existe uma grande variedade de espécies de grama, mas as mais conhecidas e utilizadas em projetos de paisagismo são a Esmeralda, São Carlos e Santo Agostinho.
Independente de qual você adquirir, lembre-se que ela deve ser selecionada de acordo com o local que será plantada, para se adaptar bem ao solo e clima. Outro fator importante a se considerar é se a superfície será decorativa ou receberá atividades, como a prática de esportes.
Grama Esmeralda
Muito popular e com alta demanda, este tipo se acostuma com climas quentes e secos, apresentando fácil preservação. Suas folhas são finas e estreitas, exibindo um tom de verde esmeralda. Ela também é resistente a pisoteios e também pode ser estabelecida em jardins com passagens no meio.
Grama Santo Agostinho
Também conhecida como grama-inglesa, esta espécie produz uma folhagem lisa e de tom verde escuro, levemente azulado. Apesar de ser simples de manter, pois tem crescimento lento, exige regas mais rigorosas. Possui uma casa na praia? Então é a Santo Agostinho que você procura, sendo resistente à salinidade do solo.
Grama São Carlos
Esta oferece folhas largas e lisas. Por possuir um crescimento rápido, é necessário realizar a poda ao menos duas vezes ao mês. Resistente, ela se adapta bem ao clima quente e frio e pode ser pisoteada, podendo ser disposta em áreas com muita prática de esporte.
As duas últimas espécies são, ainda, tolerantes ao sombreamento parcial.
Dicas para mantê-las sempre verdes
Fique atento à quantidade de sol e de rega que cada espécie demanda; a qualidade do solo, que deve ser bem drenável; e a adubação, necessária depois que a grama estiver assentada.
Uma cobertura com terra mista e adubo em pó ajuda a complementar os nutrientes depois de um longo período após o plantio – esta prática deve pode ser realizado no final da época de estiagem ou inverno, antecedendo as chuvas e calor.
Manter a superfície aparada também evita o aparecimento de buracos ou de pragas, então a poda regular é sempre recomendada. E, por fim, mesmo que a sua escolha tolere pisoteio, evite ser com muita frequência, permitindo seu crescimento uniforme.
Para locais de passagem, crie caminhos pavimentados – como pisadas soltas, piso concretado, pisos drenantes ou seixo e pedrisco.