Quem aí está com saudade de opinar em competições esportivas que acabou de descobrir? De virar o Bernardinho durante uma disputa de vôlei? De xingar o juiz de ladrão no Twitter? É… a gente sabe que as Olimpíadas deixaram muitas saudades.
Para quem está saudoso disso tudo (como a gente!), trazemos boas novas: as Paralimpíadas estão acontecendo – e, no momento da redação deste texto, o Brasil estava em 10° lugar, contabilizando 8 medalhas. Mas ainda há mais por vir: os jogos começaram no dia 24 de agosto e continuam até 5 de setembro.
Não conhece muito sobre o evento? Para entrar no clima, confira sobre as modalidades disputadas no torneio e o design dos mascotes e emblemas ao longo dos anos:
Jogos Paralímpicos
–(Carmen Mandato/Getty Images)
As Paralimpíadas de Verão são um evento multiesportivo para atletas com deficiência que, neste ano, está sendo sediado em Tóquio.
Tudo começou depois que os esportes com pessoas deficientes se tornaram populares após a Segunda Guerra Mundial, quando se buscava dar suporte aos veteranos de guerra.
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Em 1944, a pedido do governo britânico, o Dr. Ludwig Guttmann abriu um centro de lesões na coluna vertebral no Hospital Stoke Mandeville na Grã-Bretanha e, com o tempo, o esporte de reabilitação evoluiu para o esporte recreativo e depois para o esporte competitivo.
Em 1948, no dia da abertura das Olimpíadas de Verão de Londres, Guttmann organizou o primeiro campeonato com atletas cadeirantes e o nomeou de Stoke Mandeville Games. Dezesseis atletas participaram, disputando o tiro com arco.
Em 1952, ex-militares holandeses se juntaram à competição e os Jogos Internacionais de Stoke Mandeville Games foram fundados. A primeira edição da disputa – que viria a se tornar os Jogos Paralímpicos – aconteceu em Roma, na Itália, em 1960, com 400 atletas de 23 países.
O badminton paralímpico e o parataekwondo foram incluídos nesta edição dos jogos (CPB/Reprodução)
Desde lá, eles acontecem uma vez a cada quatro anos. Enquanto isso, os jogos de inverno nas Paralimpíadas estrearam em 1976, na Suécia, e também se repetem a cada quatro anos. Nesta edição dos jogos de verão, serão 22 modalidades esportivas disputadas (com o ciclismo dividido em pista e estrada). O futebol de 7 e a vela foram substituídos pelo badminton e taekwondo.
Confira na galeria quais são os esportes disputados e quais as adaptações feitas para o evento:
1/21 Vôlei sentado: atletas paralisados cerebrais, jogadores amputados, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outro tipo de deficiência locomotora podem competir nessa modalidade (Ale Cabral / CPB / Agência Brasil/Reprodução)
2/21 Triatlo: participam das provas pessoas com diversos tipos de deficiência, entre deficientes visuais e cadeirantes. São 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida (Ricardo Shimosakai/Reprodução)
3/21 Tiro com arco: é permitida a participação de tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com limitações de movimentos nos membros inferiores (Alexandre Resende / Rede do Esporte/Reprodução)
4/21 No tiro esportivo, pessoas amputadas, paraplégicas e com outras deficiências motoras podem competir (Ricardo Shimosakai/Reprodução)
5/21 Brasília, DF, Brasil: Os tenistas Carlos Alberto Santos e Natália Mayara, que disputarão as Paralimpíadas Rio 2016. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Marcelo Camargo / Agência Brasil/Reprodução)
6/21 Tênis de mesa: faz parte dos jogos desde a primeira edição do evento, em Roma. Participam atletas amputados, com deficiência intelectual e paralisia cerebral (Hypeness/Reprodução)
7/21 Parataekwondo: os atletas com deficiência intelectual, auditiva, visual ou física pode competir nessa modalidade (Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB/Reprodução)
8/21 Podem jogar rugby em cadeira de rodas tanto homens quanto mulheres com tetraplegia ou que tenham, no mínimo, três membros comprometidos. A partida tem quatro períodos de oito minutos e o objetivo é passar da linha do gol com as duas rodas da cadeira e a bola nas mãos. A quadra tem 15m de largura por 28m de comprimento (Olimpíada Todo Dia/Reprodução)
9/21 Remo: a separação de classes é definida de acordo com o grau de limitação de cada competidor, assim como a escolha do tipo de barco para a prova. O esporte pode ser praticado por pessoas com deficiência física, mental e auditiva (CBR/Divulgação)
10/21 Natação: a princípio, participavam das disputas apenas atletas com lesões medulares. Com o passar do tempo, o esporte foi se estendendo a outras deficiências, tanto físicas, visuais e intelectuais (SportsRegras/Reprodução)
11/21 Halterofilismo: os competidores ficam deitados em um banco e executam o movimento chamado supino. Atletas com deficiência nos membros inferiores (amputados e lesionados) e paralisados podem competir (Comitê Paralímpico Brasileiro/Reprodução)
12/21 Judô: a modalidade para atletas cegos é praticada desde 1970. Os atletas são classificados de acordo com o grau de deficiência visual (Judô Samuraikan/Reprodução)
13/21 No hipismo, homens e mulheres, que possuem deficiência físicomotora ou visual, competem em igualdade. A pista deve ter algumas adaptações em relação à modalidade convencional (Psicologia Acessível/Reprodução)
14/21 Goalball: jogado por trios com bolas que têm guizos interno, é necessário que a torcida permaneça em silêncio durante a partida. Essa modalidade é executada por deficientes visuais (André Horta/Fotoarena/Folhapress/Reprodução)
15/21 Esgrima em cadeira de rodas: as cadeiras de rodas são fixadas e tem movimentação proibida por regra. A modalidade é disputada por atletas com deficiência motora (Rede do Esporte/Reprodução)
16/21 O ciclismo paralímpico combina tática e velocidade com eventos para homens e mulheres. Existem quatro tipos de bicicletas, conforme a deficiência de cada competidor: convencionais, triciclos, handbikes e tandem (utilizadas por atletas com deficiência visual e os guias) (Ricardo Shimosakai/Reprodução)
17/21 Na paracanoagem, as competições se dividem em velocidade de 200m e 500m. Pode ser executada por qualquer tipo de deficiência físico-motora (Rodolfo Vilela/ rededoesporte.gov.br/Reprodução)
18/21 Bocha: considerado um esporte de estratégia, voltado para atletas com paralisia cerebral ou deficiências mais graves, essa é uma atividade em que homens e mulheres competem juntos (Alaor Filho / MPIX / CPB/Reprodução)
19/21 No basquete em cadeira de rodas, homens e mulheres com algum tipo de deficiência locomotora podem participar. A principal mudança na regra original é a possibilidade de dar dois movimentos na roda antes de quicar, passar ou arremessar a bola (Cezar Loureiro / Comitê Paralímpico Brasileiro/Reprodução)
20/21 O parabadminton, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, é um jogo curioso e rápido, com registro de peteca atingindo 200 km por hora. A quadra é semelhante a um quadra de tênis em cadeira de rodas e, assim como nesta modalidades, a partida tem duração máxima de três games, vencendo quem atingir 21 pontos primeiro – em caso empate se o placar estiver em 20 a 20, o jogo é prolongado até que se tenha feito dois pontos de diferença, atingindo no máximo 30 pontos. Os atletas andantes das classes SL4, SU5 e SS6 competem na quadra de mesmo tamanho da convencional, já os cadeirantes e esportistas da classe SL3 usam apenas metade da quadra (Comitê Paralímpico Brasileiro/Reprodução)
21/21 O atletismo é praticado por atletas com deficiência física, visual, física ou intelectual. São provas de arremessos, saltos e lançamentos, tanto para homens quanto para mulheres (Reprodução/Wikimedia Commons)
Mascotes
Os mascotes olímpicos são um dos símbolos mais adorados pelos fãs. Geralmente, eles são criados aos pares – um para as Olimpíadas e outro para as Paralimpíadas.
–(Globoesporte/Reprodução)
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Os dois mascotes de Tóquio foram escolhidos por crianças por meio de uma votação que envolveu quase 17 mil escolas japonesas. Miraitowa, o bonequinho azul, é a junção das palavras “Mirai”, que quer dizer futuro e “Towa”, que significa eternidade. Someity, o bonequinho rosa, também foi inspirado na cerejeira. Seu nome significa “muito poder”.
Confira na galeria os mascotes das edições anteriores:
1/17 Arhem 1980 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
2/17 Nova York 1984 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
3/17 Seoul 1988 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
4/17 Albertville/Tignes 1992 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
5/17 Barcelona 1992 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
6/17 Lillehammer 1994 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
7/17 Atlanta 1996 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
8/17 Nagano 1998 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
9/17 Sydey 2000 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
10/17 Salt Lake 2002 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
11/17 Atenas 2004 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
12/17 Pequim 2008 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
13/17 Torino 2006 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
14/17 Vancouver 2010 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
15/17 Sochi 2004 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
16/17 Londres 2012 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
17/17 Rio 2016 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
Emblemas
Emblema da Paralimpíadas de 2020 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
O emblema dos Jogos Paralímpicos é composto por três “agitos”, nas cores vermelha, azul e verde, circundando um único ponto, em um campo branco. O agito (“Eu me movo”, em latim) é um símbolo que expressa movimento em linha assimétricas.
Confira algumas versões usadas em anos anteriores:
1/34 Emblema usado desde 2006 até os dias de hoje (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
2/34 Segundo emblema usado em 1968, 1976 e 1980 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
3/34 Terceiro emblema usado em 1984 e 1988 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
4/34 Emblema usado em 1988 e 1994 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
5/34 Emblema usado de 1998 a 2004 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
6/34(The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
7/34 Tóquio 1964 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
8/34 Tel Aviv 1968 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
9/34 Heidelberg 1972 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
10/34 Ornskoldsvik 1976 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
11/34 Toronto 1976 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
12/34 Geilo 1980 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
13/34 Ahreim 1980 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
14/34 Sydey 2000 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
15/34 Salt Lake 2002 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
16/34 Atenas 2004 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
17/34 Torino 2006 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
18/34 Insbruck 1984 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
19/34 Nova York 1984 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
20/34 Innsbruck 1988 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
21/34 Insbruck 1988 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
22/34 Seoul 1988 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
23/34 Barcelona 1992 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
24/34 Alberville/Tignes 1994 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
25/34 Atlanta 1996 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
26/34 Nagano 1998 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
27/34 Pequim 2008 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
28/34 Vancouver 2010 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
29/34 Londres 2012 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
30/34 Sochi 2014 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
31/34 Rio de Janeiro 2016 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
32/34 Pyenchong 2018 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
33/34 Tóquio 2020 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)
34/34 Alberville/Tignes 1992 (The Olympic Design Dot Com/Reprodução)