Vintage e retrô não são a mesma coisa! Você sabe a diferença?
Mais do que uma simples diferença estética, vintage e retrô são duas formas distintas de incorporar o passado e as histórias na decoração.
A ideia de móveis herdados da família ou da casa dos pais é recorrente no universo da decoração, e com ela surge uma dúvida frequente: qual é a diferença entre vintage e retrô? A resposta está não apenas no tempo e na origem das peças, mas também no valor que elas agregam à atmosfera dos ambientes e na maneira como dialogam com o design contemporâneo.
Vintage
“Vintage são os móveis e objetos originais de outras décadas, com marcas do tempo que contam uma história real. São itens com alma e materialidade que revelam o modo de vida da época em que foram criados, desde a escolha da madeira até o estilo das ferragens ou a costura de um estofado”, explica Letícia Melo, design de interiores da Homedock, e-commerce de móveis e soluções para a casa.
Um aparador dos anos 60, uma cristaleira que pertenceu à avó ou até mesmo uma cadeira de design assinado que atravessou gerações são exemplos desse estilo, que valoriza a autenticidade e a preservação do passado.
Retrô
Já o retrô parte de outro ponto. Ele se inspira na estética do antigo, mas é fabricado nos dias de hoje. “O retrô traz formas, cores e detalhes típicos de décadas passadas, mas com materiais modernos, estrutura reforçada e soluções atuais de ergonomia. É uma maneira de resgatar o charme do passado, mas sem abrir mão do conforto e da funcionalidade que os projetos contemporâneos exigem”, revela a especialista.
Um sofá com pés palito em tons vibrantes, uma geladeira com curvas arredondadas e acabamento laqueado ou até um conjunto de cadeiras em estofado geométrico são releituras que compõem com leveza espaços afetivos e atemporais.

Esse reencontro com o passado, real ou recriado, ganha cada vez mais espaço nas escolhas de interiores por seu potencial de personalização. Ao misturar peças de diferentes épocas, os ambientes ganham textura, identidade e um senso de pertencimento difícil de reproduzir com objetos impessoais. “O vintage e o retrô nos permitem montar uma casa que conversa com a nossa história. Cada móvel vira um capítulo, cada objeto representa um valor, e na prática isso não significa só decorar, mas construir um lar com memória e intencionalidade”, aponta Daniela Costa, psicóloga e fundadora da Homedock.
Como aplicar os estilos?
Tanto o vintage quanto o retrô podem ser aplicados em diversos cômodos, da sala ao quarto, passando pela cozinha e pelo escritório, o segredo está no equilíbrio e na escolha de peças que estabeleçam harmonia com o restante do ambiente.
Uma poltrona de linhas clássicas pode virar protagonista de um espaço ao ser combinada com uma luminária moderna, assim como um armário antigo pode ser repaginado com novas ferragens e virar o destaque da sala. Mais do que tendências, esses estilos oferecem liberdade criativa, permitindo que cada casa espelhe a personalidade e a pluralidade de quem vive ali.
“No fim, o que buscamos ao decorar não é apenas beleza, mas pertencimento. O vintage e o retrô nos conectam com nossas origens e com aquilo que faz sentido para nós e isso é o que realmente transforma uma casa em um lar”, finaliza Daniela.





