Se você tivesse que nomear a principal mudança dentro da sua casa nos últimos dois anos, qual seria? De acordo com um levantamento do aplicativo de serviços GetNinjas, somente entre março e maio de 2020, a procura por arquitetos aumentou 112% comparado ao mesmo período de 2019.
Isso se deve ao fato de que as pessoas começaram a sentir falta de coisas dentro de casa que proporcionassem conforto e praticidade ao dia a dia.
“Principalmente após o período de isolamento que passamos, todos nós começamos a entender que a casa, o espaço de trabalho e as áreas de convivência das casas e escritórios precisavam ser muito mais funcionais e práticas, do que apenas esteticamente agradáveis.
As tendências que surgiram dentro da arquitetura e do design são resultados de vários fatores. Um deles é o momento histórico que estamos vivendo, e esses momentos sempre serão a maior influência dentro da arquitetura e do design”, explica o arquiteto Quintino Facci.
Para o arquiteto, a maioria das pessoas entende as tendências como uma preferência por certos estilos arquitetônicos que estão em alta no mercado. Mas, durante o isolamento, as pessoas deixaram de olhar somente para isso e começaram a ver suas necessidades. Devido a isso, seus próprios gostos mudaram em relação ao que tinham.
A ideia de que ter um lugar para dormir e para receber visitas são as duas coisas essenciais em um residência ficou para trás. Abaixo, o arquiteto lista as 8 principais coisas que as pessoas têm buscado em ter em seus lares. Confira:
1. Praticidade
Agora sabemos que quanto mais práticas as coisas forem dentro de casa, melhor. Por conta disso, espaços mais funcionais e práticos para o dia a dia estão em alta – mas estes demandam organização, desapego e as ferramentas certas. Com alguns cuidados é possível manter todos os cômodos em ordem e com maior amplitude.
2. Conforto
O conforto se torna extremamente importante quando passamos muito tempo isolados. Para que todos os ambientes apresentem esta sensação, algumas estratégias são importantes: uso de cortinas, acessórios, tapetes, almofadas, plantas, velas aromáticas, entre outras coisas.
Esses pontos devem ser pensados desde o projeto de iluminação até a ergonomia dos mobiliários.
3. Flexibilidade
As famílias que moram em residências com poucos cômodos, na pandemia, precisaram começar a diversificar o uso de cada um deles. Criar espaços flexíveis não foi apenas uma escolha, mas uma obrigação.
4. Privacidade
Não é novidade que todo mundo precisa do seu próprio cantinho em algum momento, especialmente quando a família toda precisa ficar junta por muito tempo.
Com todos dentro de casa, buscar lugares com privacidade foi um dos pontos principais para que muitos decidissem mudar de casas e apartamentos para imóveis maiores e com mais privacidade.
5. Integração
Porém, ao mesmo tempo, uma das maiores mudanças neste período está sendo a possibilidade de ter toda a família reunida nas áreas sociais. Por exemplo, as cozinhas integradas se tornaram cada vez mais comuns – tornando a comunicação entre os cômodos mais fácil.
6. Iluminação natural
A luz do sol ilumina os ambientes durante o dia e renovam as energias de quem mora ali. Já faz algum tempo que as pessoas têm valorizado isso, seja através do uso de janelas maiores ou por portas transparentes que unem a parte interna e externa.
7. Cores neutras
Nós sabemos que os tons neutros nunca saem de moda e, ao longo do tempo, veremos mais pessoas buscando essas cores para as suas residências. Entretanto, desta vez, são os tons quentes que estão se tornando os queridinhos, além das cores naturais da terra que têm sido uma opção para trazer uma sensação relaxante para o lar.
Elementos inspirados na natureza, com azul, verde e vermelho, se tornarão cada vez mais populares na decoração – como em objetos, paredes ou móveis.
8. Biofilia
A biofilia, conhecida como “amor às coisas vivas”, vem nos designs como uma forma de suprir a necessidade que as pessoas têm de estar em contato e se relacionar com a natureza. Sabemos que, principalmente depois da pandemia, as pessoas perceberam uma necessidade maior de viver em ambientes que proporcionam bem-estar – podendo aliviar o estresse e a ansiedade.
Esse design pode ser feito de algumas formas, como por meio da utilização de tons verdes e naturais e pela adição de plantas nos cômodos.