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Tecidos na decoração: um guia de como aplicar nos móveis, almofadas e revestimentos

As arquitetas Ieda e Carina Korman ensinam quais são os melhores modelos para cada situação e como combiná-los no décor.

Por Redação
15 set 2024, 13h00
Tecidos na decoração: um guia de como aplicar nos móveis, almofadas e revestimentos. Projeto de Korman Arquitetos. Na foto, almofadas estampadas.
Projeto de Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Divulgação)
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Seja para revestir mobiliário, dar vida a almofadas, cortinas ou até paredes, o universo dos tecidos é bastante vasto. “Existem diversos tipos de tecido, cada um para uma necessidade. A escolha cuidadosa deve levar em conta o lifestyle da família, bem como o lugar em que o apartamento está inserido”, opina Ieda Korman, profissional à frente do escritório Korman Arquitetos.

Tecidos na decoração: um guia de como aplicar nos móveis, almofadas e revestimentos. Projeto de Korman Arquitetos. Na foto, sala de estar com sofás brancos e detalhes verdes.
Projeto de Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Divulgação)

Segundo Ieda, a lógica da escolha de um tecido pode, em alguns casos, se assemelhar a da escolha de uma roupa. “Se falamos de um lugar frio, os tecidos para a casa devem ser naturais e mais peludos, como a lã. Em casas de praia, um linho rústico funcionaria bem melhor”, explica.

Almofadas azuis; almofadas com flores; almofadas listradas
Projeto de Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Casa.com.br)

A rotina da família também interfere diretamente nesse momento. “Uma casa com animais de estimação pede por tecidos que não puxem fios, que tenham tramas mais fechadas. Famílias com crianças, por outro lado, precisam daqueles mais fáceis de limpar, impermeabilizados“, indica.

Para facilitar, a arquiteta separou algumas dicas para as diversas aplicações de tecidos dentro de um lar.

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Tecidos para móveis

Tecidos na decoração: um guia de como aplicar nos móveis, almofadas e revestimentos. Projeto de Korman Arquitetos. Na foto, sala de estar, sofá em L.
Projeto de Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Divulgação)

Quando o assunto são sofás, poltronas ou cadeiras, existem diversos tecidos que passeiam pelos materiais naturais, mistos ou sintéticos. “Prefiro sempre as opções naturais, mais belos e com toque agradável. Agora, para quem preza pela praticidade, as opções mistas ou sintéticas são as melhores”, afirma.

Dentre os mais procurados estão o

  • Jacquard: bastante resistente e com trama bem fechada;
  • Couro natural ou sintético: ótimo para projetos mais clássicos ou rústicos;
  • Veludo: ideal para quem busca elegância;
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E ainda outros como Chenille, Suede, Linho e, claro, Algodão. “Para não errar, o mais simples é optar por tecidos lisos no sofá, que é a maior peça de uma sala, e deixar os estampados ou para almofadas, ou para uma poltrona de destaque”, indica a profissional do Korman Arquitetos.

Tecidos na decoração: um guia de como aplicar nos móveis, almofadas e revestimentos. Projeto de Korman Arquitetos. Na foto, sala de estar, poltronas.
Projeto de Korman Arquitetos. (Gui Morelli/Divulgação)

Os tecidos lisos também devem ser escolhidos para que coordenam com os tons existentes nos estampados, garantindo assim uma harmonia na composição. “Além do cuidado com os tecidos em um mesmo ambiente, é importante prestar atenção em lares integrados. Assim, um apartamento que tenha sala e jantar conjugados, os tecidos devem seguir a mesma lógica”, explica Ieda Korman.

Tecidos para almofadas

Reforma em casa alugada cria cozinha externa e sala com boiseries. Projeto de Abrazo Interiores. Na foto, sofá de couro, almofadas.
Projeto de Abrazo Interiores. (Julia Herman/Divulgação)
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Acessório indispensável, as almofadas possibilitam uma liberdade muito maior na escolha de tecidos. Para elas, é possível optar até mesmo pelas opções mais finas já que, ao contrário do mobiliário, elas não precisam ser muito encorpadas. “Por serem acessórios que facilmente podem ser trocados e recombinados, as almofadas são as melhores opções para ousar nas cores e estampas“, indica Ieda Korman.

Tecidos para área externa

Pergolado com forro de bambu cria área de apoio charmosa para cozinha gourmet. Projeto de House in Rio Arquitetura. Na foto, sofá cinza de área externa, terraço.
Projeto de House in Rio Arquitetura. (Leonardo Olicos/Divulgação)

Agora, quando falamos de mobiliários para área externa, é necessário ter um cuidado maior especialmente na questão da impermeabilização. “Os tecidos hoje em dia, principalmente quando importados, já vem impermeabilizados. Mas, se não for o caso, é necessário escolher bem aqueles que aceitam esse tipo de cuidado. A seda pura, por exemplo, não pode ser impermeabilizada e deve ser evitada em áreas externas”, afirma Ieda Korman.

Existe uma série de tecidos tecnológicos capazes de resistir bem ao sol e chuva, com fibras resistentes ao desbotamento. “Ainda assim, sempre que o mobiliário não estiver em uso, é bom deixá-lo encapado”, sinaliza a profissional.

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Tecidos como revestimento de paredes

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As paredes deste lavabo se destacam sobre o papel de parede texturizado verde musgo. Projeto de Korman Arquitetos. (Eduardo Pozella/Divulgação)

Por fim, os tecidos podem ser uma ótima opção para renovar completamente uma parede, de forma prática e rápida. “Eles são uma alternativa viável ao papel de parede, mas devem ser evitados em casas com pessoas alérgicas“, explica Ieda Korman.

Bastante versáteis e com uma infinidade de texturas e estampas, os tecidos podem ser aplicados em paredes de ambientes secos e arejados – como o living, hall de entrada ou até quartos. “Para isso, prefira sempre os tecidos de algodão, mais resistentes. Tecidos finos como a seda não são indicados, pois são frágeis e bastante caros”, diz.

Para a aplicação, Ieda Korman indica sempre a contratação de mão de obra especializada, especialmente quando se trata de um tecido estampado, que pede por mais cuidados para garantir a continuidade dos desenhos. “Sempre é necessário medir a parede que receberá o tecido, garantindo ao menos 10 cm a mais de sobra de tecido, em todos os lados”, explica. O cuidado com emendas também é essencial, por isso a arquiteta indica que a aplicação comece do centro das paredes para a ponta, garantindo que nenhuma costura fique muito evidente.

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