O que é Quiet Luxury
Nos últimos meses, o mundo da moda se debruçou sobre o conceito quiet luxury, um movimento que visa romper com os excessos e a opulência. A ideia é contraponto à ostentação que exibe logo marcas, materiais chamativos, cores fortes, muito brilho e joias.
No quiet luxury, o objetivo é a elegância discreta, clássica e neutra. Não demorou para que essa tendência chegasse ao universo da decoração, aparecendo na forma de projetos com estilos atemporais e confortáveis.
“O quiet luxury é o oposto da ostentação óbvia e reconhecível de maneira massificada. Trata-se de uma arquitetura mais limpa e funcional, realizada com materiais e acabamentos altamente qualitativos”, opina a arquiteta Patricia Penna, à frente do seu escritório Patricia Penna Arquitetura & Design. Ela destaca os atributos que integram essa proposta no décor:
Paleta de cores
De acordo com a profissional, dentro da esfera do quiet luxury, a paleta de cores e combinações cromáticas de um projeto de interiores é de extrema importância. Para tanto, as cores escolhidas devem ser atemporais, estimular o bem-estar, promover o conforto e transmitir uma atmosfera clean.
“Considerando que o termo nasceu no universo da moda, a migração para universo da arquitetura e design de interiores implica em, quase de imediato, aplicar uma cartela pautada em tonalidades mais sóbrias, atemporais e elegantes”, analisa Patricia, que relaciona as bases tonais dos cinzas, fendis, brancos, azuis mais secos e terracotas como cores que conversam muito bem com a tendência.
Minimalismo e funcionalidade
Evitar os excessos – tanto na órbita dos mobiliários, como nos detalhes estéticos –, é um dos principais acenos dentro da proposta quiet luxury.
Dessa forma, cabe ao profissional aproveitar muito bem cada escolha arquitetônica e extrair o máximo proveito de cada um dos itens escolhidos para agregar sofisticação e um melhor aproveitamento do layout do espaço.
“O minimalismo está muito ligado ao movimento, porém não devemos esquecer que uma casa precisa de aconchego”, enfatiza a arquiteta. Para alcançar essa percepção, acabamentos e tecidos que suscitam esse bem-estar e o desejo ao toque são super indicados.
“Considero como ótimas escolhas as versões de linho, veludos de algodão ou seda, couros, camurças, lãs e madeiras”, aponta Patricia.
O clássico e o moderno em sintonia
Investir em elementos “invisíveis”, que tornem a experiência de morar ainda mais acolhedora e luxuosa é um direcionamento interessante para moradores que buscam soluções inovadoras para facilitar atividades práticas do dia a dia, como o simples abrir e fechar de cortinas.
“Sistemas de automação como o acionamento de persianas e cortinas, ar-condicionado e aquecimento, abertura e fechamento de janelas e toldos, aspiração central, piso aquecido e sonorização ambiente são algumas das tecnologias que contribuem para tornar a experiência diária das pessoas ainda mais aprazível”, finaliza a arquiteta, elencando alguns recursos que transformam a arquitetura de interiores.