Desvende a estética retrô-futurista de Loki, a nova série da Marvel
O primeiro episódio da série revelou cenários futuristas, cheios de referências à decoração dos anos 1950, 60 e 70.
Quem aqui é fã de Marvel? Com o lançamento da mais nova minissérie Loki, no Disney +, nós estamos mais uma vez – como em WandaVision – encantadas com os cenários e direção de arte (e com o Tom Hiddleston, é claro). O visual retrô da produção chama atenção pelos detalhes e atmosfera bem diferente da que estamos acostumados em filmes de quadrinhos.
SPOILER ALERT: nós revelaremos alguns detalhes da trama do primeiro episódio, então se você ainda não viu e não quer estragar a surpresa corre lá para assistir antes de ler.
A série acompanha o personagem título após sua fuga no longa “Vingadores: Ultimato” em sua punição por ter violado a linha do tempo. Loki acaba sendo levado para a TVA (sigla em inglês para Autoridade de Variante Temporal), uma espécie de tribunal separado do tempo, do espaço e dos nove reinos, para ser julgado e condenado.
Antes de sentar diante das autoridades, Loki tem de passar por inúmeras repartições, pegar senhas, caminhar por filas delimitadas por fitas, como as de aeroportos, e assistir a vídeos informativos. Basicamente, a experiência infernal que todos que já tiveram de passar pela imigração ou alfândega de qualquer lugar conhecem bem.
Quebrando a expectativa de apresentar um lugar fantástico, futurista ou alienígena, a TVA parece mais um grande prédio de repartição pública dos anos 1950. Grandes corredores, funcionários engravatados, móveis em madeira e muito, mais muito laranja – uma cor que foi tendência na época.
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A estética como um todo inspira-se no futurismo retrô, do estilo da série Jetsons, ou seja, aqueles visuais que a ficção da metade do século passado imaginava para o século vinte e um. As animações de época, inclusive, surgem nos vídeos de instrução para os prisioneiros da TVA, que parecem os antigos episódios de Rocky e Bullwinkle ou da Pantera Cor de Rosa. Outra referência clara é a direção de arte do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, com vários gadgets vintages.
Acompanhando o caminho do personagem pelo prédio, a decoração reforça a sensação claustrofóbica do prédio. As tomadas são em sua maioria de ambientes internos, e fazem espectador e protagonista se sentirem presos no meio de uma burocracia complicada e inescapável.
Simetrias e repetições na decoração transmitem uma ideia de alinhamento e rigidez de protocolo, que deve ser seguido à risca por Loki, mesmo à contragosto. Por serem cenários internos, a iluminação é mais dura e menos aconchegante do que a luz do Sol. Ela complementa bem a paleta de cores predominantemente laranja, com toques de marrom e vermelho.
Os objetos de cena também são destaque: a TVA conta com peças de diversas épocas, afinal ela está em outro plano temporal, mas principalmente dos anos 1950, 60 e 70. Alguns dos computadores são reais, enquanto outros são invenções do programa baseados em eletrodomésticos de época. Na mesa do funcionário Casey, interpretado por Eugene Cordero, está um ADM-3A; já o computador/projetor do agente Mobius é inspirado em televisões em formato “bolha”, mas infelizmente não existe na vida real.
Esperamos que nos próximos episódios possamos ver ainda mais desse mundo, nem tão fantástico, mas com certeza intrigante da TVA. E ver o que será de Loki.