Comfy: conheça o estilo pautado no conforto e bem-estar
Arquiteta Marina Carvalho explica como a estética confortável e tranquila contribui para atribuir ares de leveza e aconchego nos ambientes residenciais
Não é de hoje que priorizar o conforto sempre foi um desejo latente na realização de projetos arquitetônicos. Porém, uma nova tendência na decoração vem reforçando essa ideia de ter um lar aconchegante e agradável: trata-se do estilo Comfy, que promete fazer a cabeça dos brasileiros.
Em linhas gerais, a concepção do termo é inspirado na conjunção de móveis e elementos decorativos incorporados nos ambientes com o propósito de deixar tudo ainda mais harmonioso. Nesse mix de escolhas, o projeto deve ainda considerar a entrada de luz e ventilação natural nos cômodos, estofados com tecidos agradáveis em sofás, cadeiras e poltronas, além de itens como almofadas e mantinhas incorporadas no décor para promover bem-estar e acolhimento.
“Empregada também na moda, o Comfy, em português, pode ser traduzido como ‘conforto’. No universo da arquitetura e decoração de interiores, se caracteriza pela oportunidade de traduzir o jeito único que cada um de nós tem para se sentir à vontade. Seja jogado em um sofá bem gostoso, para passar o tempo, ou mesmo durante as atividades profissionais no escritório montado dentro de casa”, explica a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva o seu nome.
Peças para uma decoração Comfy
Alguns elementos são essenciais na composição do estilo. As almofadas não podem ficar de fora: para defini-las, a proposta é escolher modelos que passeiam por diferentes tamanhos, tamanhos, texturas e cores.
“Para trazer mais conforto ao local, gosto de trabalhar com uma mistura entre as maiores, que são ótimas para acomodar os moradores enquanto assistem TV, enquanto aquelas com formato retangular atuam como descanso para os pés”, relaciona a arquiteta.
Nesse check list, o tapete é ponto pacífico, uma vez que deixa o ambiente aquecido (nos dias frios), é gostoso ao toque, quando a pessoa pisa descalço e, inegavelmente, agrega um toque de charme ao décor.
“O tapete exato é aquele que responde ao perfil dos moradores e, ao mesmo tempo, é prático. Nesse caso, os modelos menos felpudos e fáceis de limpar são os mais indicados”, aconselha a profissional.
Pensando nos atributos que envolvem a iluminação, a cor da luz deve ser estabelecida de acordo com o ambiente. “É sempre válido ressaltar que o ato de iluminar se conecta aos nossos sentimentos. As tonalidades amarelas são voltadas aos descansos, enquanto a luz branca é adequada aos momentos em que a atenção é requerida, como cozinhas, escrivaninhas ou escritórios”, ressalta Marina.
Aplicação de materiais naturais
A utilização de elementos naturais na decoração tem tudo a ver com o estilo Comfy, pois conspiram com a proposta de ambientes gostosos, saudáveis e sustentáveis, além de serem um convite ao relaxamento e a busca pelo equilíbrio visual na decoração.
Móveis executados com pedras, fibras, madeiras, tecidos naturais e materiais ecologicamente corretos conectam o morador, o deixam mais perto da natureza e, por conseguinte, deixam a casa mais leve.
A iluminação natural é outro componente primordial. Com isso, janelas devem ser um meio de entrada da luz por toda a residência e, para sua cobertura, ao invés de tecidos pesados, o Comfy propõe a substituição por versão mais suaves, que fornecem privacidade e evitam quaisquer incômodos visuais no dia a dia.
Cores
As cores são primordiais dentro do âmbito Comfy, uma vez que a seleção correta dos tons emana a sutileza aos ambientes. Dessa forma, uma paleta de tons claros é a mais recomendada para os moradores que pretendem aderir ao estilo.
As paredes devem se harmonizar aos outros itens para não causar estranhamento ou poluição visual e as demais as cores devem acompanhar a mesma linha com paletas cromáticas e mescladas com tons terrosos, branco, cinza e rose. “
O habitante de um apartamento pautado nos princípios do Comfy pode brincar com várias cores ao mesmo tempo, adicionando mais personalidade para o lar. Contudo, a ideia é sempre aumentar a sensação de bem-estar com as cores minimalistas que transmitem frescor e ares sempre amenos”, finaliza a arquiteta.