Apê dos anos 1970 passa por reforma para atender uma nova família

O dia da reforma chega para todos e é inevitável. Querendo ou não, por desgaste do tempo ou por uma necessidade, sempre temos que dar uma repaginada no imóvel. No caso deste projeto, os dois motivos foram a causa para a mudança deste apê.

Em busca de mais conforto e espaço para curtir a família que estava crescendo, o casal chegou ao estágio de decidir pela mudança de casa, abandonando-a e migrando para um apartamento novo. Além disso, a construção adquirida de 168 m², datada da década de 1970, precisava de uma repaginação radical para que ficasse personalizada com os gostos e estilo dos moradores. Para isso, os habitantes contataram o escritório Carina Dal Fabbro Arquitetura para criar uma proposta de ambientes funcionais e contemporâneos.

Ao atualizar os conceitos de arquitetura de interiores, Carina apostou na integração dos ambientes para destacar a ala social e favorecer os momentos em família e os encontros com os amigos. Original, o piso de madeira foi mantido, tanto pela beleza do material, como também pelo aconchego na composição do décor e a proteção termoacústica.

Na paleta, os tons neutros foram escolhidos como base em uma variação entre o cinza, off white e a madeira clara. “Trabalhei para ressaltar a sensação de leveza sem evidenciar nenhum modismo no décor”, explica.

Produzido sob medida, o móvel da área da TV percorre a parede desde o estar até a sala de jantar, ocupando toda a extensão. Bem pensada, a marcenaria recebe os equipamentos do home theater e foi alternando profundidades e alturas para revelar a estante e o aparador. “Este detalhe permitiu a ideia de continuidade e fluidez no ambiente”, revela Carina. A estampa geométrica do tapete completa a atmosfera contemporânea do espaço.

A cozinha ganhou em funcionalidade com o mobiliário planejado, que recebe a maioria dos eletrodomésticos embutidos, a bancada de quartztone e os armários revestidos de branco e madeira. Cheio de charme, o revestimento que imita o ladrilho hidráulico, envolve o frontão da bancada e a parede da janela.

Os moradores também solicitaram que o quarto das crianças pudesse acompanhar o crescimento, sem a necessidade de grandes intervenções em um futuro próximo. Com espaço de sobra para brincar, o pequeno pode guardar os brinquedos e acessórios nas prateleiras mais baixas e nos caixotes com rodinha inseridos na parte inferior da bancada.

A filha mais nova nasceu quando a obra estava quase no fim e profissional pode ‘gestar’ o quartinho com os sonhos da mamãe. “O projeto por completo foi muito especial, mas o que nos deixou mais felizes foi poder participar de uma parte da gravidez, já que a obra durou quatro meses”, finaliza a arquiteta.

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