A maneira como nos relacionamos e organizamos a nossa casa sempre esteve diretamente atrelada aos acontecimentos externos a ela. Em todos os momentos de grande transformação no mundo, a casa precisou ser adaptada, repensada e muitas vezes reconstruída.
Nos últimos dois anos, com a pandemia, quase todos nós tivemos que redesenhar as nossas maneiras de viver e virou quase que um consenso geral que as nossas casas precisam não apenas nos abrigar, mas também acolher e nos proporcionar conforto.
Antes de qualquer modificação ou reforma é preciso que façamos uma busca dentro do nós mesmos, para que possamos entender o que queremos, o que realmente precisamos, e assim, passarmos ilesos por modismos ou ideias que não nos representem. Só assim conseguiremos ter uma casa realmente confortável e que tenha nela a expressão das nossas personalidades.
De todo modo, acredito que algumas ideias são universais e atemporais para conseguirmos ter ambientes acolhedores e confortáveis. Selecionei algumas delas abaixo:
1. Materiais naturais
Apostemos sempre neles! Estes materiais (mármores, granitos, madeira, etc) são ricos em texturas e características que deixam os ambientes únicos, sem repetições. Além disso, se transformam ao longo do tempo e criam histórias junto com a casa. São materiais que precisam de um pouco mais de manutenção e cuidado, mas o esforço vale a pena.
2. Fugir do lugar comum
Nossa casa não é nem pode parecer um show room de loja. Ela precisa refletir quem somos, os nossos gostos e hábitos. É importante buscarmos referências em sites e revistas, mas não podemos perder o foco que a casa é nossa, e precisa contar a nossa história. Só assim ela será capaz de nos acolher e nos abrigar em momentos de recolhimento.
3. Luz natural
A vida precisa de luz para acontecer. Dentro das nossas casa isso também é necessário. Precisamos abrir os vãos das janelas, deixar a luz entrar, apostar em cortinas translúcidas e espaços integrados que permitam que a luminosidade exerça o papel dela.
Vale lembrar que a iluminação artificial é muito necessária, mas precisa ser usada com cuidado para não transformar a nossa casa numa vitrine de loja. Ninguém pode viver sob holofotes o tempo todo.
4. Ventilar
Não dá para passar calor nem viver a base de ar condicionado em todos os cômodos da casa. Não há nada menos confortável do que um espaço que precise de ventilação mecânica todo tempo.
Então só nos resta abrir os espaços, eliminar as paredes desnecessárias e permitir que a ventilação percorra todos os ambientes, ventilando e, em tempos de pandemia, renovando e purificando o ar dos espaços em que vivemos.
5. Objetos pessoais
Não dá pra conceber uma casa acolhedora sem levar em conta os objetos que coletamos ao longo das nossas vidas. Precisamos deles para contar as nossas histórias e nos sentirmos acolhidos. As obras de arte que compramos, os objetos que herdamos das nossas famílias, os livros que nos transformaram: tudo isso deve nos acompanhar e estar presente nas nossas casas.
6. Design e conforto
Um dos maiores dilemas que encontramos na hora de mobiliar os espaços é como conciliar o conforto com a qualidade e beleza do desenho dos móveis. A verdade é que este problema não precisa existir. Não devemos jamais abrir mão da beleza em prol do conforto, e o contrário também não precisa acontecer.
Existe no mercado brasileiro, hoje, uma infinidade de móveis de altíssima qualidade estética e ergonômica. Basta pesquisar que com certeza encontramos a peça ideal. É importante lembrar também que conforto e beleza são impressões e conceitos extremamente particulares.
Precisamos buscar aquilo que nos atende e nos conforta, sem nunca esquecermos que a nossa casa deve ser confortável e bonita para a nossa família, não para os visitantes.
7. Simplicidade
Uma casa precisa ser leve e fluida. Por mais que tenhamos uma personalidade mais forte e acumuladora, precisamos nos livrar dos excessos e buscar ao máximo a simplicidade nas formas e nos objetos. Isso facilita a nossa vida e ajuda muito na sensação final de conforto que teremos.
8. Arte
Só a arte salva. É ela que nos tira da dureza do dia a dia e nos leva para outras dimensões. Então não dá pra viver numa casa sem arte. Tenha quadros, fotos, objetos de arte popular, gravuras, desenhos, etc, que ocupem de forma poética as paredes da casa. Deixe também a música entrar e percorrer os espaços.
Com essas dicas e a lembrança de que quanto mais tivermos a nossa personalidade e gostos impressos na nossa casa, maior será a sensação de acolhimento, abrigo e conforto que sentiremos. É uma equação direta que não pode ser desprezada.
E não nos esqueçamos: nossa casa é o nosso templo!
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