À medida que as pessoas passam mais tempo em casa, os interiores vão se tornando, cada vez mais, o centro das atenções. Com a pandemia e a consequente reclusão social, isso se tornou rotina. Voltamos nosso olhar para dentro de nossos lares e passamos a enxergar neles lugares de conforto e proteção, mas também o que gostaríamos de mudar para potencializar estas qualidades ou torná-los mais estéticos.
Justamente devido à capacidade de, através da decoração, serem capazes de melhorar o bem estar dos moradores e mesmo ajudar na prevenção de doenças, estes projetos ganharam força nas pesquisas em 2020 e 2021. Como o crescimento de buscas pode indicar o surgimento de uma tendência, o portal ArchDaily reuniu algumas soluções de design que podem servir como uma previsão do que veremos na próxima década. Confira e inspire-se:
1. Design Biofílico
As plantas se tornaram uma parte importante dos projetos de design de interiores, e aquelas grandes e superdimensionadas são uma tendência crescente. Em 2019, porém, um novo conceito entrou na conversa: o Design Biofílico. A fim de manter um certo nível de conexão com a natureza, o estilo visa integrar integrá-la na arquitetura como uma forma de melhorar a nossa saúde, psique e ecossistema em geral. O uso de madeira recuperada, plantas suspensas, paredes verdes e grandes instalações vegetais são algumas das principais tendências que estamos vendo e que irão moldar o design de interiores na próxima década.
2. Móveis e materiais de fibra natural
O uso de fibras como palha natural e vime em móveis está se tornando cada vez mais popular. Materiais tradicionais, eles estão sendo utilizados em cadeiras, tapetes e iluminações, mesclados e combinados com um design mais moderno.
3. Design “chubby”
Cadeiras, mesas de centro, sofás e até candeeiros apresentam as suas curvas volumosas, nos remetendo à infância e dando aos espaços um aspecto jovem, divertido e moderno. Essa nova tendência é liderada por móveis com cantos arredondados e formas tubulares, também conhecidos como design neotênico. O nome vem do conceito de “neotenia”, ou seja, o exagero das características infantis – um termo adequado para descrever a ludicidade que essas peças podem agregar a qualquer espaço.
4. Arcos
Típicos da arquitetura tradicional, os arcos agora estão tendo um renascimento graças aos arquitetos e designers que adicionaram portas curvas, janelas arredondadas e espelhos arqueados aos seus projetos. Alinhados às tendências “Chubby” e Design Biofílico, estes elementos aparecem como uma nova maneira de adicionar curvas e formas mais orgânicas dentro de nossas casas, não apenas através de arcadas reais, mas também através de padrões decorativos pintados nas paredes
5. Mini home offices
A flexibilidade em casa é mais importante do que nunca agora que trabalhar em casa se tornou comum. Neste contexto, as áreas de trabalho se tornaram menos formais e podem coexistir com outros espaços de habitação. Isso levou ao aparecimento de pequenos cantos de estudo que são integrados em peças de móveis maiores, como escondidos em armários ou adicionados a estantes de livros.
6. Puxadores invisíveis para uma cozinha totalmente integrada
Recentemente, vimos como o design da cozinha substituiu as maçanetas e puxadores de gavetas e armários (especialmente os grandes) por ferragens invisíveis. Elas variam de travas de pressão – um dispositivo mecânico ou magnético instalado dentro do gabinete que permite abrir o gabinete empurrando a porta – a alças integradas, em que você pode puxar gavetas graças às bordas chanfradas para dentro. Há também soluções mais simples, como puxadores ocultos que são afixados na borda superior de cada porta de modo que apenas uma lasca se projete para fora. O objetivo é ter um espaço mínimo com um visual uniforme e elegante.
7. Escadas integradas a móveis
Como uma forma criativa de utilizar o espaço deixado por baixo das escadas, vários projetos de design de interiores adicionaram espaços de armazenamento ou mesmo a integração dos degraus em um design de mobiliário maior, como uma área de trabalho ou estantes.
8. Banheiros coloridos
Paralelamente à utilização mais frequente de cores vivas e ousadas nas paredes e nos móveis, os banheiros também começaram a abraçar a cor de forma ousada e elegante. Eles não precisam mais ser brancos brilhantes! Arquitetos e designers estão elevando a energia dentro desses espaços fundamentais por meio de cores como rosa claro, amarelo dourado, azul marinho e verde oliva.
9. Áreas de estar abertas e fluidas
Os espaços de convivência estão se tornando mais abertos e fluidos, com a separação formal dos espaços se tornando menos frequente. Ideias como a incorporação de cortinas e painéis móveis em espaços abertos estão se tornando muito populares como uma solução para ocultar áreas específicas de acordo com a forma como estamos usando os espaços em casa.
10. Granilite
Este piso de mármore típico usado em casas venezianas há mais de 500 anos teve seu retorno inicial na década de 1970. Em 2019, o material voltou a se apresentar e de novo se tornou popular entre os designers. O granilite que vemos hoje em dia é uma mistura de lascas maiores de mármore, quartzo, granito e vidro, com menos densidade e um visual gráfico mais marcante.
Provavelmente continuaremos a ver este material sendo usado ao longo da próxima década – não apenas em pisos, mas também aplicado em cozinhas e móveis de sala. Este padrão gráfico aparecerá impresso em papéis de parede, tecidos e até mesmo em tapetes.
11. Madeira e concreto em seu estado mais puro
Expor madeira e concreto como matéria-prima em paredes, tetos e pisos é uma tendência que arquitetos e designers estão usando para obter calor e elegância em espaços internos sem cair em orçamentos caros. A combinação de ambos é capaz de envolver todos os sentidos além do visual e tem qualidades atrativas, como durabilidade e baixa manutenção.