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Dicas para usar revestimento 3D sem medo

A designer de interiores Roberta Saes e a arquiteta Flávia Nobre, do Meet Arquitetura, mostram como usar o material

Por Kym Souza
Atualizado em 28 fev 2024, 19h07 - Publicado em 29 jan 2021, 06h00
No projeto da cozinha, a dupla da Meet Arquitetura apostou no porcelanato de 60cmx120cm de efeito polido contrastando com a pedra fosca e tendo um grande destaque pela iluminação natural que entra pela janela (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)
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6-dicas-para-usar-revestimento-3d-sem-medo-casa.com-Projeto Meet Arquitetura – Foto Henrique Ribeiro
No projeto da cozinha, a dupla da Meet Arquitetura apostou no porcelanato de 60 cm x 120 cm de efeito polido contrastando com a pedra fosca e tendo um grande destaque pela iluminação natural que entra pela janela (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

Caracterizados por sua volumetria, onde a junção das placas cria superfícies com um efeito tridimensional, o revestimento 3D possui uma grande diversidade de materiais disponíveis no mercado. Mas como utilizá-lo sem medo na decoração?

Para esclarecer as principais questões, a designer de interiores Roberta Saes e a arquiteta Flávia Nobre, dupla à frente do escritório Meet Arquitetura, separaram algumas dicas que ajudam a minimizar os erros. Confira!

 

1. Materiais

Cerâmica, porcelanato, cimentício, gesso e até mesmo o PVC são materiais que dão forma aos revestimentos 3D. Cada um com uma solução, finalidade e indicação de uso. Porcelanato e cerâmica podem ser especificados para todos os ambientes da casa, principalmente em locais com maior contato com a água, como banheiros e cozinhas. “Gostamos muito do porcelanato, pois no dia a dia do morador propiciam fácil manutenção. Sem contar o leque de opções que nos levam a projetar ambientes vistosos e super modernos”, explica Flávia Nobre.

6-dicas-para-usar-revestimento-3d-sem-medo-casa.com-Meet – foto Henrique Ribeiro (1)
Em mais uma cozinha, as profissionais da Meet Arquitetura investiram no efeito 3D do revestimento. O efeito ‘ondas’ do porcelanato agregou volume e movimento em sintonia com o desejo de leveza e modernidade (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

Já os cimentícios, que vêm ampliando o seu espaço na arquitetura de interiores, são perfeitos para áreas externas em função da alta tecnologia que são produzidos, resistência e durabilidade. No entanto, o revestimento à base de cimento também faz bonito na parte interna dos projetos e possibilita a aplicação de cores.

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Quanto aos de PVC e a oferta de peças de gesso, podem ser empregados apenas nos ambientes internos do projeto e se evidenciam pelos desenhos menores e mais delicados.

 

2. Melhores ambientes

Desde uma varanda gourmet até um quarto infantil, o revestimento em 3D pode marcar presença em qualquer ambiente: basta escolher o estilo e atentar-se ao material escolhido, que deve estar de acordo com as características do local.

“Para um quarto infantil utilizaríamos, por exemplo, o revestimento em PVC, pois ele permite ser pintado de qualquer cor e possui desenhos pequenos e delicados. Já para uma varanda gourmet, o porcelanato é uma escolha segura, pois protege contra a gordura sem absorvê-la”, explica Roberta Saes.

Além disso, Flávia comenta que o 3D se revela como uma oportunidade para variar o ‘padrão’ naqueles ambientes onde o revestimento, por si só, é mandatório. “Com raras exceções, ninguém deixa de considerar o uso da cerâmica ou porcelanato em cômodos como banheiros, cozinhas e áreas de serviço”, diz.

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3. Como combinar?

Afinal, é melhor empregar o revestimento em todas as paredes ou em apenas uma? E como posso fazer essa combinação? Segundo as especialistas, o mais indicado é eleger o destaque do 3D em apenas uma parede. “Por chamar bastante a atenção, sempre recomendamos parcimônia e moderação para que não aconteça um excesso de informação nas paredes”, argumenta Flávia.

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Na parede principal da sala de jantar, Roberta e Flávia optaram pelo visual do revestimento cimentício (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

Dessa forma, é importante que os demais elementos decorativos do ambiente estejam em equilíbrio e ‘conversem’ entre si. “Como o revestimento traz consigo a expressão de personalidade, estudamos as cores que estarão presentes no espaço, bem como os demais acabamentos”, relaciona Roberta.

 

4. Principais cuidados

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Os cuidados são fundamentais para deixar o revestimento sempre vivo e conservado. Segundo as especialistas, para este acabamento o ideal é trabalhar a limpeza com um pano úmido. O procedimento por si já possibilitará que as peças estejam higienizadas e livres de possíveis manchas em detrimento ao uso de produtos químicos.

 

5. Instalação

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Combinado com a marcenaria, neste projeto as profissionais optaram pelo porcelanato. A cor neutra, selecionada junto com o revestimento de movimentos orgânicos, foi pensada para quebrar o geométrico do ripado da madeira e produzisse fluidez e diversão ao espaço. (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

Em linhas gerais, as profissionais da Meet Arquitetura indicam que as paredes estejam limpas e livres de resíduos antes da aplicação. No entanto, fazem a ressalva de que cada material dispõe de procedimentos diferentes e específicos para instalação. “No caso do cimentício, as peças não podem ser recortadas, devem vir prontas de fábrica e, por conta do peso do produto, as paredes devem ser preparadas para suportar o peso”, indica a arquiteta Flávia.

 

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Combinado com a marcenaria, neste projeto as profissionais optaram pelo porcelanato. A cor neutra, selecionada junto com o revestimento de movimentos orgânicos, foi pensada para quebrar o geométrico do ripado da madeira e produzisse fluidez e diversão ao espaço. (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)
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Porcelanato e cerâmico têm a aderência assegurada com a argamassa, enquanto os cimentícios requerem um preparo especial na instalação. “A argamassa também necessita de uma dupla colagem. Após sua instalação, é passado uma espécie de ‘verniz’ que protege as peças”, detalha a designer Roberta. Em contrapartida, os revestimentos em gesso e em PVC são bem simples e fixados com cola própria.

 

6. Iluminação

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Neste projeto, o escritório lançou mão de dois tipos de revestimento em 3D: porcelanato na cozinha e o cimentício na sala de jantar. Ambos no mesmo tom, optaram por um tamanho pequeno para que houvesse destaque na volumetria das peças, dando ilusão e profundidade ao projeto. (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

A iluminação é o grande segredo por trás do revestimento 3D. A textura só será valorizada e percebida quando combinada com a luz do ambiente. Para Roberta Saes, este efeito desejado é alcançado apenas com uma iluminação bem dirigida ou direta. “Indicamos o uso de spots com lâmpadas dicróicas, assim teremos um revestimento com sua tridimensão bem valorizada”, finaliza.

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Neste projeto, o escritório lançou mão de dois tipos de revestimento em 3D: porcelanato na cozinha e o cimentício na sala de jantar. Ambos no mesmo tom, optaram por um tamanho pequeno para que houvesse destaque na volumetria das peças, dando ilusão e profundidade ao projeto. (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)
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