Viver com menos dinheiro

A jornalista Regina Valadares preferiu reduzir os ganhos para trabalhar em sua confortável casa, nos arredores de São Paulo

Por Redação
Atualizado em 21 dez 2016, 01h01 - Publicado em 24 abr 2009, 09h41

A vida corria tranquila, mas a jornalista Regina Valadares nem tanto. Tinha dinheiro para a empregada fixa, é verdade, os supérfluos de sempre no supermercado, as idas aos charmosos restaurantes dos Jardins, em São Paulo. Seu trabalho era estável e o rendimento suficiente para bancar essas pequenas mordomias. Mas ela mesma andava exausta. “Reclamava de tudo o tempo todo: do trânsito caótico, das horas em que era obrigada a ficar na estrada (mora a 25 km da capital paulista), da obrigação de ter hora para entrar e sair do escritório”, conta. Na faixa dos 50 anos, o que ela queria mesmo era ficar em casa à vontade, de bermuda e camiseta. Apreciar a mata que se vê pelos janelões da sala, fazer carinho em seus quatro boxers, andar sem compromisso pelo jardim e também, é claro, continuar a trabalhar nos textos que tanto gosta de escrever.

Mesmo com dois dos seus três filhos ainda morando com ela, Regina decidiu que era a hora de mudar de vida. Saiu do trabalho, cortou a maioria dos gastos supérfluos e segurou o desejo de consumo. “Também aprendi a negociar. A entrada de dinheiro como autônoma é imprevisível e, se me atraso com o pagamento da academia, por exemplo, vou lá e digo a data em que poderei pagar”, conta. Em vez de uma empregada fixa, optou por uma faxineira duas vezes por semana. “Na verdade, trabalho mais do que antes, pois parte do que precisa ser feito em casa ficou sob minha responsabilidade. Mas agora o tempo está à minha disposição: escrevo, estendo roupa, cozinho, dou ração para os cachorros, mas tudo na hora que eu quero”, afirma a jornalista, satisfeita.

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