Não foi só vista deslumbrante da Lagoa e do Cristo que fisgou o arquiteto Joaquim Meyer e sua mulher Suzana, mas o tamanho do apartamento também era perfeito. O casal visitou um morador do prédio há mais de 10 anos e ficaram encantados imaginando que sonho seria morar ali.
O sonho, enfim, se realizou, quando apareceu a oportunidade de um apartamento à venda justo no mesmo prédio. A família, nesse momento, já tinha mais um membro, a pequena filha, de cinco anos, e a reforma tinha que priorizar as necessidades e as atividades da família.
“É nosso segundo imóvel juntos e sempre priorizamos a beleza, a luz, a claridade, a ventilação, o verde, os detalhes, o conforto, a privacidade e a ordem para deixar as coisas mais organizadas para ganharmos tempo”, explica Joaquim.
O imóvel, de 150 m², foi comprado quase na sua forma original, já que os moradores anteriores só tinham aberto um quarto para a sala. “Mudei a planta, que voltou a ter quatro quartos, pois precisávamos de um escritório/quarto de hóspedes, um quarto de casal e dois para os filhos. Sonhamos com uma família maior”, conta o arquiteto.
No living, um espelho que vai quase do piso ao teto duplica a paisagem e sobre ele foi colocada uma prateleira estreita para arrematar com os splits e para apoiar as plantas, combinando assim com o verde do entorno. A vontade de ter um sofá de frente para a vista fez com que um grande banco flutuante de freijó encontrasse seu lugar ao longo do janelão.
“Como optamos por não ter TV nos quartos, queríamos ter uma grande na sala, para assistir filmes, séries e ver esportes. Porém o layout não ajudava, como colocar uma TV na frente da janela? Tivemos então a ideia de ter um telão com projetor embutido no teto. Pronto! Todos adoraram, especialmente a pequena que agora tem um cinema com pipocas em casa”, diz.
“Amamos música, tocamos juntos. Gostamos de escutar discos da minha. Literatura clássica, filosofia e leituras espirituais fazem parte do também nosso dia-a-dia. A cozinha com a possibilidade de abertura para a sala proporciona mais frequência nessas atividades, pois podemos ouvir música, contemplar a vista e conversar muito enquanto alguém cozinha”, explica Joaquim.
A abertura do painel da cozinha em janela guilhotina embutida trouxe uma ventilação cruzada que vai da lagoa até a janela da cozinha. Essa abertura também trouxe a cozinha para a sala, permitindo que as refeições possam ser feitas na bancada de madeira que tem banquetas altas ou na mesa da sala.
Ao fechar o quarto que estava aberto para a sala, a parede foi recuada de modo a permitir que a estante ficasse embutida e longe da janela. O segundo quarto de serviço foi eliminado, abrindo espaço para duas bancadas na cozinha e criando um banheiro que foi incorporado ao quarto, virando outra suíte além da do casal.
No quarto da filha existe um mezanino com fechamento de corda náutica com arremates de nós de marinheiro. Já no banheiro do casal, um grande vidro fixo dentro do box permite que, na hora do banho, a vista possa também ser apreciada.
O piso escolhido para a sala foi o mármore travertino e, para a área dos quartos e circulação, a tábua corrida de peroba do campo. Já para a cozinha e banheiros, a preferência foi o porcelanato na cor cimentícia. Toda a marcenaria é de carvalho, exceto o aparador do sofá.
Dois destaques nos detalhes são os cobogós de cimento que separam a área da cozinha e o fundo da estante da sala forrado de cobre esverdeado. “O verde do cobre com o reflexo da natureza de fora, do céu, da água da lagoa e das plantas de dentro fecharam um conjunto bonito de cores, de verdes e azuis”, finaliza Joaquim.
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