Revestimentos coloridos marcam este apê de 65 m²

Um jovem advogado estava em busca de reformar o seu primeiro imóvel, um espaço de 65 m² no centro de São Paulo. Por ser antigo, o cliente desejava uma cara nova para o apê.

O principal foco do projeto, realizado pelo escritório Marê Arquitetura, foi criar um visual vintage, mas com toques contemporâneos.

“Desde a primeira reunião conseguimos captar algumas palavras que surgiram durante a conversa que nortearam o conceito base, falávamos muito sobre um projeto com peças garimpadas misturadas com peças modernas, que ficasse no meio do caminho entre um apê de vô e um apê millennium”, conta os profissionais.

Para criar um quarto maior para o morador, a parede que dividia os dois quartos presentes foi derrubada para se tornar um cômodo só. Esta foi a maior mudança estrutural, mas o que se destaca mesmo é a troca de pisos e revestimentos – já que o imóvel era todo era em cerâmica, tanto piso geral como as paredes da cozinha, lavanderia e banheiro.

“A principal demanda foi de renovar todo o apartamento, por já estar um pouco desgastado pelos anos de existência, dando uma cara nova, alegre, despojada.

Dentro dessa demanda, nosso principal foco foi conseguir fazer essa remodelação sem gerar muito entulho, a fim de minimizar o desperdício de materiais, tentando ao máximo reutilizar o que fosse possível!”, explica o escritório.

Um exemplo deste reaproveitamento é o reuso do antigo piso de cerâmica que foi transformado em caquinhos de borda.

Dentro do objetivo de mudar o visual do espaço, a paleta de cores fortes e diversificadas cumpriu um grande papel. Além disso, houve também uma paginação mais dinâmica do piso, com a mistura do porcelanato de base cinza, bordas em caquinho branco, caquinho azul e o granilite verde, A proposta era ter um revestimento com menos rejuntes e mais amplo.

Cada ambiente possui uma paleta colorida: no quarto o azul transmite calma e serenidade; na sala uma paleta quente de amarelos, bem viva e alegre, refletem a personalidade do cliente; o banheiro exibe um verde harmonioso; e na cozinha um mix geral reúne todas as tonalidades.

Na sala de estar, uma porta-luminária foi posicionada suspensa por cabos e correntes de aço no teto. A peça é original do imóvel, mas ficou sem uso e foi transformada em uma luminária e apoio para diferentes plantas que compõem o paisagismo do projeto.

A marcenaria do home office, feita com painel pegboard, foi desenhada pelo próprio escritório e possui ganchos para vasos, fones de ouvido e até máscaras faciais.

Já a cozinha recebe o papel de unificar com o mix de cores e texturas. O estilo da marcenaria em madeira crua, o pegboard – que remete ao escritório – e o painel de azulejos coloridos trazem um visual alegre para o cômodo.

A divisória em cobogó foi uma alternativa para separar o espaço fisicamente, mas não visualmente.

O banheiro, por sua vez, exibe um revestimento de granilite verde em todo o piso e nas paredes do box e a pedra branco pitaya traz um toque leve e bonito.

“A materialidade da marcenaria também reflete o conceito do projeto, que de forma geral foi pensado para que os materiais não tivessem muito rebuscamento, mas que trouxesse uma somatória de simplicidade com refinamento, por isso a escolha do compensado cru mostrando a naturalidade das chapas e do laminado trazendo um contraste nos acabamentos.

Toda essa escolha da marcenaria aberta no fim foi interessante porque as gatas, Sardinha e Manjuba, adoraram e se apropriaram dos espaços como um grande playground, algo que foi pedido pelo cliente”, esclarece o escritório.

Confira mais imagens do projeto na galeria abaixo: