Reforma une dois apês e cria varanda integrada com 34 m lineares de vista
Renata Xavier, do escritório Casa Angá, uniu a planta de dois apartamentos em um único lar de 268 m² com varanda integrada e três quartos.
Localizado na Barra da Tijuca (RJ), este apartamento de 268 m² foi comprado por um morador português ainda na planta da construtora, antes de conhecer sua atual esposa, para ser um pouso no Brasil, já que sua empresa está localizada aqui e ele adora o Rio de Janeiro, onde morou por 10 anos. Quando o imóvel foi entregue, durante a pandemia, ele já estava casado, vivendo junto na cidade do Porto, em Portugal. Foi quando o casal chamou a arquiteta e cenógrafa Renata Xavier, do escritório Casa Angá, para fazer projetar a segunda morada da família.
“O projeto foi feito e entregue, mas, como o apartamento foi comprado para uso de um homem sozinho e solteiro que logo casou e ‘engravidou” do primeiro filho, faltou espaço. Surgiu então a oportunidade de comprar o apartamento ao lado e transformar os dois imóveis em um só”, conta Renata.
“Em um mês, fizemos um novo projeto e entregamos a obra dos dois apartamentos unidos, com ar condicionado central, varandas integradas fechadas com cortina de vidro e persianas instaladas. Deixamos para depois a marcenaria, a ilha estendida e os móveis”, acrescenta ela.
Após a execução do projeto final, a varanda principal passou a ter 20 metros lineares de cortina de vidro, que revelam 180 graus de vista da Lagoa de Marapendi, mais uma varanda de 14 metros lineares, a 45 graus, com vista da Praia da Reserva. “A vista é completamente livre de construções e, além da farta presença de céu e água, como o apartamento fica no terceiro andar, a sensação é de estar em contato direto com uma reserva ecológica de vegetação abundante”, diz Renata Xavier.
Segundo a arquiteta, os clientes pediram três quartos (um para eles, outro bem amplo para o filho de 3 anos e um para hóspedes), ambientes amplos, práticos e funcionais para receber confortavelmente amigos e familiares, uma sala de tv com sofá grande e confortável e uma lavanderia. Para realizar todos os desejos, a planta original sofreu poucas alterações. O vidro que separava as varandas dos dois apartamentos, por exemplo, foi eliminado para transformá-las em um espaço amplo, único e integrado, e uma porta foi aberta na parede que separava os dois apartamentos.
Na decoração, a arquiteta adotou uma base em tons neutros, que acalmam e descansam, para criar espaços contemporâneos e ao mesmo tempo despojados, sob influência ainda das culturas japonesa e nórdica, onde prevalecem a simplicidade e o essencial. As cores vêm dos tapetes, móveis posicionados estrategicamente, adornos e obras de arte. “Minhas referências são também a arquitetura modernista, o expressivo design do mobiliário brasileiro e uma certa bossa carioca”, diz Renata.
Como esta não é a residência oficial da família, todos os itens são novos. A seleção dos móveis, por exemplo, buscou conjugar autenticidade e conforto, com destaque para peças assinadas por designers brasileiros consagrados, como Sergio Rodrigues, Jader Almeida, Jean Gillon, Maria Cândida Machado, Guilherme Wentz, Aristeu Pires, Alva Design, Carol Gay, Luia Mantelli, Percival Lafer, Jacqueline Terpins, Paulo Sartori, entre outros.
Já as almofadas, tapetes e objetos foram pensados para trazer massas de cor e texturas de toque agradável e aguçar os sentidos. Também foram priorizados materiais naturais, como tapetes de fibras, cortinas em gaze de linho, marcenarias com acabamento em folha de madeira, piso de madeira, tecidos de algodão, estofamentos em couro etc.
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