Os arquitetos Maurício Magarão e Alice Lindenberg, do escritório Magarão + Lindenberg Arquitetura, foram chamados pela família de moradores desta casa de 600m² no Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro, para refazer toda a parte social, que tem 250m² e engloba as salas de estar e jantar, o hall da escada, a galeria de acesso e o lavabo.
“Eles queriam um projeto que renovasse completamente a casa, em absolutamente área social, do piso aos acabamentos, passando pela iluminação e mobiliários”, conta o arquiteto Maurício.
“A ideia era fazer com que a sala ficasse mais convidativa e que o layout permitisse reunir várias pessoas, pois os clientes gostam muito de receber em casa. Eles também queriam uma renovação completa de materiais e revestimentos para deixar os ambientes com um ar mais moderno e aconchegante, ao mesmo tempo”, acrescenta a sócia Alice. Não houve modificações na planta original, apenas foi ampliado o vão de acesso à sala de jantar.
Os arquitetos buscaram, portanto, uma casa com sensação de amplitude, fluidez entre espaços, linhas limpas e pegada contemporânea. Para isso, eles optaram por utilizar bastante marcenaria em madeira natural na maior parte dos ambientes, alternando entre painéis lisos e ripados. “Em uma reforma anterior também conduzida por nosso escritório, os clientes já haviam apontado uma predileção pelo uso de madeira natural e nós seguimos apostando nesse material, que também adoramos”, revela Maurício.
Na decoração, no quesito mobiliário, praticamente é tudo novo, com exceção de alguns itens pontuais, como a mesa de jantar, duas poltronas Diz (de Sergio Rodrigues), um aparador Chan e um sofá Matriz pequeno (ambos de Jader Almeida). Já as obras de arte são todas do acervo dos clientes, que as colecionam há bastante tempo, com destaque para criações de Abraham Palatnik, Vik Muniz, Daniel Senise, Angelo Venosa, Mariana Palma, Gisele Camargo, Juan Parada, Maritza Caneca, Debora Engel, Miguel Rio Branco, Celina Portella, Ascanio, Nelson Leirner, Hildebrando de Castro, José Patricio, Ianelli e Todd and fitch (franceses).
Sobre os móveis novos adquiridos de acordo com as especificações do projeto, no geral, os arquitetos privilegiaram peças de design limpo e contemporâneo, mas com personalidade, além de extremo conforto. Destaque para a poltrona Fardos (de Ricardo Fasanello), o sofá Plataforma (de Victor Moreira Leite), as poltronas Diz (de Sergio Rodrigues) e o buffet Matriz (de Jader Almeida, no hall da escada).
Já no quesito “paleta de cores, materiais e acabamentos”, para aumentar a sensação de amplitude e continuidade, os arquitetos optaram por um piso neutro em tom de areia (porcelanato italiano de grande formato, com 1,20×2,40m) em todos os ambientes que integram a área social. O mesmo material foi usado nos degraus da escada existente, que ganhou ainda um patamar de quinas arredondadas em microcimento, que também demarca um pequeno jardim.
Em busca de conforto visual e tátil, na marcenaria, eles apostaram em lâminas de freijó natural nas salas, alternando painéis lisos e ripados. “Este foi, inclusive, o ponto de partida para a definição da galeria na entrada da casa. Criamos um conjunto em marcenaria que perfaz paredes e teto para abrigar parte da coleção de arte dos clientes e utilizamos um detalhe canelado para identificar as portas de entrada, de cozinha e de lavabo”, explica o arquiteto Maurício.
Todas as paredes foram revestidas com um papel de parede neutro, de textura sutil, para evitar a pintura branca. Já no quesito “mobiliário”, foram priorizados tecidos claros, couro e madeira natural.
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