O cenário e a valorização nos principais bairros de Belo Horizonte

As regiões nobres concentram os lançamentos de alto padrão e a perspectiva é de que a valorização chegue a 10% nesse ano.

Por Por Liliane Oraggio
Atualizado em 20 dez 2016, 22h34 - Publicado em 20 jan 2012, 19h12
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Depois de mais de 20 anos em ritmo muito lento, o mercado imobiliário da capital mineira ganhou novo fôlego. Começou a se aquecer em 2004, com a venda de 2 075 imóveis, manteve o crescimento nos anos seguintes e atingiu 4 973 unidades vendidas em 2008. E a alta continua. Esses dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), que registrou em 2010 a venda de 6 201 imóveis e este ano, até julho, 2 542 unidades.                             

O estudo aponta que a maior parte dos negócios foi realizada nos bairros de classe alta. “Constatamos que 87% da oferta disponível para a venda em Belo Horizonte está concentrada em locais que classificamos como de alto padrão e de luxo”, afirma Ieda Vasconcelos, assessora econômica do Ipead. O dado mais recente é de julho: das 177 unidades lançadas, 121 estão nos bairros de luxo, como Funcionários, e 56 em bairros de padrão alto, como Lourdes.                             

O mercado imobiliário nem sempre se orienta por tais estatísticas, mas José Francisco Couto de Araújo Cançado, vice-presidente da área imobiliária do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Sinduscon-MG), confirma: “Os bairros centrais, que já eram nobres, ficaram ainda melhores. Além do comércio e serviços de primeira linha, com a transferência do Centro Administrativo para o Vetor Norte, os prédios públicos foram transformados em centros culturais”. Tais mudanças atraíram os lançamentos de imóveis com quatro suítes ou com quatro vagas de garagem.                             

Valorização constante                             

No período de 2004 a 2011, a valorização dos imóveis chegou a 270%. “No último ano, teve a média de 22,7%”, aponta Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário/Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (CMI-Secovi). Segundo estudos do setor, um apartamento que custava R$ 50 mil em 2004 passou a valer quase R$ 195 mil em 2009, e o valor médio de comercialização em 2011 foi de R$ 292 mil.                             

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Aqui, também, são os preços dos imóveis de alto padrão que puxam os dados para cima. “Um apartamento de três quartos em Funcionários custava R$ 250 mil em 2006. Hoje, vale em torno de R$ 520 mil, significando uma valorização de 108%”, exemplifica Ariano.                             

“A abertura da Linha Verde e as obras para a Copa do Mundo são fatores de impacto positivo no preço dos imóveis. A expectativa é que continuem subindo gradativamente”, acrescenta Evandro Negrão de Lima, vice-presidente do CMI-Secovi. Ele forneceu os dados que acompanham o mapa e cita as principais construtoras que atuam em cada área.

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