Esta casa de condomínio é rodeada pela natureza e está em um terreno elevado – dali, se tem uma vista privilegiada do pôr do sol da cidade de Botucatu (SP). Por isso, o ponto de partida da arquiteta Juliana Fabrizzi para o projeto de 260m² era privilegiar ao máximo toda essa integração com o verde.
“A casa foi implantada com o máximo cuidado para preservar a vegetação que já existia. Construímos entre uma glicínia (que foi plantada pela avó do cliente no terreno) e uma araucária centenária”, conta a profissional.
O layout tem formato de U e se constrói em torno de um espaço central – o desenho cria um pátio para convivência e também contribui para que os ambientes tenham ventilação cruzada e boa iluminação natural. “A questão da sustentabilidade era importante para os moradores e eles me pediram para usar os espaços sem depender de aparelhos de ar-condicionado ou luzes artificiais durante o dia”, explica Juliana.
Um deque na fachada oeste integra a construção ao jardim e cria um espaço confortável com redes e banco para apreciar o pôr-do-sol todos os dias. Todos os quartos possuem portas para esse deque que se destacam – assim como o resto das esquadrias da casa – pelas guarnições coloridas, que aparecem mesmo nos grandes painéis de vidro da sala.
Os dormitórios também possuem uma entrada interna, que é acessada por um grande corredor com paredes de vidro.
“Depois da construção, os clientes contaram que uma das maiores qualidades da casa é a sensação que eles vivenciam de estar em meio à natureza mesmo dentro de casa, como no caminho envidraçado para os quartos que recebe o sol da manhã”, diz a arquiteta.
A área social integrada abriga living, jantar e também está conectada ao deque. Na cozinha, a bancada de trabalho fica em uma ilha que funciona como uma grande mesa e é o espaço preferido para receber amigos e familiares durante as refeições descontraídas.
No décor, há uma mescla entre móveis antigos e novos, além de peças que fazem parte da história da família. Há também muitos itens de artesãos locais e a predominância da madeira de demolição.
Todas as portas de entrada e janelas ou foram reutilizadas da casa antiga ou garimpadas na região. O trabalho de restauro e entalhe foi feito por artesãos locais de forma bem manual.
“A cliente adora ver que cada item tem um tamanho ou um detalhe diferente. Essa história de visualizar a singularidade de cada peça traz um conforto grande para os moradores ao lembrar que eles reaproveitaram materiais e deram novos usos e cores para elementos antigos”, finaliza Juliana.
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