Pedra, madeira, vidro e concreto. A futura casa ainda habitava o plano dos sonhos, mas os materiais já estavam certos na cabeça dos proprietários, um casal de arquitetos. Apesar da formação, eles preferiram contratar um profissional que exercesse o ofício para dar vida a uma arquitetura atemporal e limpa, com espaços abertos para o verde em plena São Paulo. Muita pesquisa depois, se encantaram com o perfil do escritório de Mauro Munhoz, conhecido por seus trabalhos que respeitam a natureza. “A arquitetura é feita de vários elementos do terreno, uma pedra, uma árvore ou a forma do chão”, fala Mauro. “Melhor ainda do que considerar a topografa é valorizar o lugar. A casa não pode ser um volume fechado em si mesmo”, continua.
Harmonia entre áreas interna e externa
Valendo-se de três décadas de experiência, Mauro diluiu com simplicidade os limites entre áreas internas e externas. “Dou muito valor aos beirais. Mais do que proteger contra chuva e sol, eles ajudam a romper o cubo, a fazer com que a construção invada o jardim e vice-versa”, justifca. Seu modo de raciocinar, trabalhando a planta e enxergando os espaços tridimensionalmente, o ajudou a cumprir um programa extenso sem perder a escala – são 1 079 m2. Para entender isso, vale observar atentamente como os três pavimentos se articulam entre si e de que maneira os ambientes se conectam por meio de meios níveis. Tamanha integração, onde tudo nasce em conjunto, inclui ainda a estrutura mista de alvenaria e metal, a cobertura de telhas cerâmicas e os materiais tão aguardados pelos moradores. “É na harmonia entre esses itens que mora a beleza da arquitetura”, completa.
* Largura x profundidade x altura. / Preços pesquisados entre 23 de abril e 4 de maio de 2012, sujeitos à alteração.