*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013
Esta é uma típica história de amor à primeira vista. Depois de anos procurando uma casa e já descrente de que encontraria um endereço para chamar de seu (reformar ou construir não eram suas primeiras opções), o empresário deparou com a placa de “vende-se” no portão desta moradia paulistana. “Quando entrei, tive certeza: era onde eu queria viver”, diz o moço. O sentimento imediato tem uma explicação racional – dono de uma galeria de arte, ele soube apreciar qualidades que a construção esbanja. “Fiquei fascinado com a luminosidade entrando por todos lados, com a elegância das linhas e com o X de concreto, uma verdadeira escultura na sala”, fala. Para além das questões estéticas, pesou o bom aproveitamento do espaço, que demonstra: casa pequena não é sinônimo de aperto. O encantamento do morador denota que os autores do projeto, Gregory Bousquet, Carolina Bueno, Guillaume Sibaud e Olivier Rafaelli, do escritório paulistano Triptyque, acertaram na fórmula. “Fomos contratados por um investidor, que ergueu a construção para vender. Como não sabíamos quem ia viver lá, apostamos em elementos neutros e na boa arquitetura: claridade e ventilação abundantes, desenho bem resolvido e conforto”, explica Olivier. Todas escolhas aprovadas sem ressalvas pelo proprietário. “Não troquei uma torneira sequer, uma maçaneta, nada. Acho que nem eu mesmo teria planejado uma casa tão parecida comigo.”
*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013