Depois de fincar algumas vigas com projetos na “Terrinha”, o arquiteto carioca Maurício Nóbrega resolveu adquirir uma casa centenária que, após uma longa reforma, funciona como escritório e casa de praia da família, em uma das aldeias do Azeitão, (Portugal).
“Localizada no centro da cidade, na área histórica da aldeia, o imóvel já foi escola, barbearia, moradia, e, muito provavelmente, é uma das edificações mais antigas da cidade”, explica Maurício.
“Depois de funcionar como escola, nos últimos trinta anos, a casa foi subdividida: serviu de barbearia e moradia para alguém que tinha um pequeno vinhedo e uma adega para consumo próprio, já que tinha apenas dois lagares (que são aqueles tanques de prensar a uva). Achei tão interessante os vários usos que mantive a placa de barbearia”, continua.
O arquiteto isolou toda a casa na fachada que dá para rua. E abriu a residência para o lado que dá para o terraço – na realidade um pátio central – que surgiu naturalmente quando parte do telhado, com mais de cem anos, caiu e virou um jardim.
Com paredes de pedra na parte externa e pau-a-pique na parte interna, são ao todo 300 m², divididos em 160 m² de área construída – onde estão as três suítes, escritório, sala, cozinha, sala de jantar e lavanderia (uma raridade por lá) e 140 m² de jardim.
A casa é composta de duas edificações: uma ao fundo, onde tem sala de estar e TV, e o bloco frontal, com quartos e escritório. “Fiz uma reforma radical, internamente, mas todas as características pré-existentes da arquitetura e da fachada foram mantidas”, diz o arquiteto.
A decoração foi um mix de reciclagem de móveis que ficaram no imóvel, garimpo nos brocantes da região e diversas peças menores foram trazidas do Brasil para imprimir o estilo do arquiteto.
“Encontrei alguns móveis que foram deixados, como aquela cama de ferro, as cadeiras da mesa de jantar…O resto foi garimpado em lojas de de Lisboa e brechós do Azeitão mesmo. A porta, por exemplo, foi colocada recentemente na garagem e resolvi pintar de amarelo e realocar para a sala de jantar, escondendo um louceiro e a lavanderia que fica ali atrás. Algumas peças menores levei do Brasil, muitas trazidas de viagem, e para complementar garimpei na região”, finaliza Maurício.
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