O jovem morador deste apartamento dúplex com 70m², localizado em Moema (São Paulo), já estava no imóvel quando decidiu pedir ajuda às arquitetas Kênia Zabka e Giulia Closs, do escritório Zabka Closs Arquitetura, para imprimir um pouco de sua personalidade em cada cantinho do imóvel.
“Ele queria lembrar um pouco da praia, mesmo estando em casa, em São Paulo. E também que os ambientes fossem integrados para aumentar a sensação de amplitude, já que o apartamento é pequeno”, conta Kênia.
A escolha dos materiais foi fundamental para imprimir no projeto a atmosfera praiana desejada, até porque o budget do cliente era limitado.
“Usamos bastante madeira e apostamos em materiais mais rústicos, como o tijolinho que reveste a parede da sala, e a canjiquinha de pedra natural, presente nos banheiros. Já a corda de fibra natural e a palhinha aparecem de maneira mais sutil no encosto das cadeiras, na poltrona e na marcenaria do quarto”, explica Giulia.
“A paleta de cores também trouxe, de alguma forma, as cores da praia. Optamos por tons de bege, cinza e azul, em referência à areia e ao mar”, acrescenta Giulia.
Originalmente, a sala era compartimentada, com uma grande estante escura que dividia o espaço, além de uma bancada alta na cozinha. A reforma não só contemplou todos os cômodos como também promoveu a total integração entre a sala de estar, de jantar e a cozinha.
Já a decoração, de estilo contemporâneo com toques praianos, é uma mistura equilibrada de elementos modernos e rústicos.
Os destaques vão para o tapete da sala com estampa geométrica em duas tonalidades de azul, o mancebo de madeira e concreto posicionado no hall de entrada e os quadros de fotografias de praia feitas pelo próprio cliente, que ganharam composições tanto na parede atrás do sofá da sala como na parede da escada que dá acesso ao quarto do cliente.
“Nosso maior desafio neste projeto foi trazer leveza ao apartamento, sem alterar alguns itens existentes que eram bem escuros e marcantes e não poderiam ser mexidos, como a escada e a bancada da cozinha”, avalia Kênia.
“Conseguimos fazer a casa de um surfista em plena selva de pedra usando elementos náuticos que o cliente preserva em sua memória afetiva”, finaliza Giulia.
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