Apê de 100m² tem decoração leve e escritório aberto para sala
O escritório Brise Arquitetura utilizou móveis funcionais e proporcionais para aproveitar o espaço estreito da sala sem comprometer a circulação
Localizado no Jardim Botânico (bairro na zona sul do Rio de Janeiro), este apartamento de 100m² é o lar de uma jovem advogada que buscava seu próprio espaço para viver sozinha pela primeira vez.
Como o imóvel estava em péssimo estado, antes de fechar negócio, ela contou com uma visita técnica das arquitetas Bitty Talbot e Cecília Teixeira, do escritório Brise Arquitetura, para estudar o potencial da planta no caso de uma eventual reforma. Após o ok da dupla, o projeto foi iniciado com algumas solicitações da nova proprietária.
“A cliente queria uma casa visualmente leve, com um escritório aberto para a sala que atendesse ao seu atual modelo de trabalho híbrido, além de um quarto de hóspedes para acomodar amigos que moram fora do Rio e sobrinhos”, conta Bitty.
Ao iniciar as obras, as arquitetas descobriram que havia um pilar imenso entre o quarto que seria integrado à sala para virar escritório. A saída encontrada foi deslocar o banheiro vizinho ao quarto para promover a integração dos espaços.
“A cozinha não foi integrada à sala, mas ganhou uma porta de correr bem larga, com algumas partes de vidro transparente, voltada para o hall de distribuição dos quartos”, revela Cecília.
O projeto contemplou todos os cômodos do apartamento, que ganhou decoração integralmente nova, a exceção de alguns objetos e louças que a cliente herdou da família. “Nossa ideia foi projetar um lar claro, atemporal e de alma feminina, com boa circulação, e tirar o máximo de partido da presença da luz natural em todos os ambientes, já que tanto a sala como os dois quartos contam com uma pequena varanda”, explica Bitty.
Na área social, a paleta de cores predominantemente em tons claros e suaves (com toques de rosa e rosé) se mistura a materiais naturais. A madeira, por exemplo, está presente no piso de tábua corrida, em quase todos os móveis e na marcenaria. Já a palhinha aparece no encosto das cadeiras e da poltrona e na mesa de apoio de formato cilíndrico da varanda.
Por causa do formato estreito da sala, as arquitetas priorizaram móveis com medidas proporcionais ao espaço para não comprometer a circulação. Pelo mesmo motivo, elas optaram por fixar a tv diretamente na parede forrada de lambri e acomodaram os equipamentos junto com livros nas prateleiras de uma estante de parede estreita, fixada na lateral.
“Também para driblar a falta de espaço, no lugar da tradicional mesa de centro, usamos duas banquetas com assento estofado e pés em X de metal”, revela Cecília. No quesito mobiliário brasileiro de design assinado, as arquitetas destacam a poltrona Killin com assento de couro (de Sergio Rodrigues) na sala de estar e as cadeiras Dia (de Jader Almeida) e mesa Dorio (de Maria Candida Machado) na sala de jantar.
Como a cliente queria um quarto azul, as arquitetas pintaram as paredes num tom comumente associado ao estilo Ralph Lauren e, para não pesar visualmente, usaram branco no linho da cortina, em parte da roupa de cama e em alguns adornos. Para completar o estilo casual chic que consagrou o estilista americano, o armário ganhou portas de palhinha natural.
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