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Apartamento alia tradição gaúcha, feng shui e conceitos de psicologia

"Vejo o meu trabalho como o de um intérprete: traduzir informações em um espaço físico", diz Letícia Laurino Almeida, nossa profissional gaúcha para o Arquitetos do Brasil

Por Alex Alcantara
Atualizado em 16 fev 2024, 15h11 - Publicado em 9 abr 2014, 22h09
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Preservando sempre os pedidos e a vontade do cliente, a designer de interiores Letícia Laurino Almeida criou um projeto para um apartamento na cidade de Caxias do Sul (RS) com técnicas do feng shui que prezam pela utilização máxima dos espaços, tornando-os atraentes, modernos e aconchegantes. A designer, que também é pós-graduada e mestre em psicologia, sempre respeita os gostos e a personalidade do cliente. “É um clichê, mas nada é mais estimulante do que um cliente satisfeito, que se emociona na entrega do projeto, que te indica e chama novamente quando as mudanças em suas vidas pedem adequação dos ambientes”. Ela ainda salienta a importância de se investir na casa. “Penso que, depois dos investimentos indispensáveis, como em saúde, educação e segurança, o investimento mais importante é no lugar que nos abriga, acolhe os nossos entes queridos e guarda as nossas emoções: a casa”. Confira abaixo, a entrevista completa com a Letícia Almeida, a nossa designer gaúcha do Arquitetos do Brasil.

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1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar os seus projetos?

 

O projeto é sempre norteado pelos dados que coleto sobre a personalidade, gostos e hábitos do cliente. Nesta fase, o conhecimento de psicologia, embora não me torne infalível, é de grande valia. Vejo o meu trabalho com o de um intérprete: traduzir estas informações no espaço físico. É sempre a interpretação do desejo do outro – o que exige um esforço de desprendimento e humildade muito grande.

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2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

 

Quanto à arquitetura, não me sinto habilitada a falar, tendo em vista que sou Designer de Interiores, mas vejo que o gaúcho tem uma forte tendência a preservar as tradições, mantendo uma convivência harmônica entre as referências do passado (o que inclui a arquitetura e a decoração) e as referências contemporâneas.

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3. O que não pode faltar na casa de um gaúcho?

 

Churrasqueira, formas de acomodar os visitantes e muito aconchego para os dias de frio.

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4. Como você costuma se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Através de todas estas formas: revistas, livros, mostras, feiras. Além das vivências de ordem pessoal (artísticas, culturais), que enriquecem o repertório.

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5. O que compensa (ou não) trazer de outras regiões do Brasil ou do mundo em questão de materiais?

 

Diria que, como regra geral, vale à pena importar apenas aquilo que ainda não temos conhecimento, técnica ou infraestrutura para produzir na região.

6. O que frustra e te estimula na sua profissão?

 

É um clichê, mas nada é mais estimulante do que um cliente que se diz satisfeito, que se emociona na entrega do projeto, que te indica e/ou chama novamente quando as mudanças em suas vidas pedem adequação dos ambientes. Eu me sinto frustrada quando, eventualmente, percebo que algumas pessoas não percebem a importância de se investir na casa. Penso que, depois dos investimentos indispensáveis, como em saúde, educação e segurança, o investimento mais importante é no lugar que nos abriga, acolhe os nossos entes queridos e guarda as nossas emoções: a casa.

7. O que todo mundo pensa quando você diz que é designer, mas, que, na prática, não é verdade?

 

Em relação à minha categoria profissional, vejo que muitos pensam que prestamos serviços caros. Isso não é verdade, tendo em vista, inclusive, a diversidade e flexibilidade dos serviços oferecidos, como o fato de que a contratação de um profissional pode ser um fator de economia, pois o serviço antecipa os resultados através de um projeto em 3D (minimizando a chance de insatisfações com o resultado), auxilia nas compras (para que não haja gastos desnecessários) e economiza o tempo do cliente (que geralmente não tem conhecimentos nesta área) – entre outros benefícios.

8. Qual foi o último filme/livro que assistiu/leu?

 

Estou sempre lendo ao menos um livro. No presente estou lendo Os prazeres da alma, de Francisco do Espírito Santo Neto. Como gosto imensamente de ler, acabo fazendo isso na maior parte do meu tempo livre (que não é muito), então não tenho assistido a muitos filmes.

Perguntas e Respostas:

1. Niemeyer ou Lúcio Costa? São contribuições diferentes, fica difícil responder.

2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Nenhum. Mas, se estivesse com muita fome, pediria mousse de chocolate (risos).

3. E o Vento Levou ou Dançando na Chuva? Já fui muito fã do primeiro. Hoje, porém, prefiro os contemporâneos aos clássicos.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Idem à primeira pergunta. Mas, como os gaúchos tendem a ser bairristas, fico com a minha conterrânea Elis, que também é natural de Porto Alegre.

5. Sushi ou pizza? Depende do momento, da fome, da companhia, do orçamento… como tudo na vida!

6. Atari ou Playstation? Nenhum.

7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Desta vez vou deixar o conterrâneo na mão: identifico-me com as angústias da Clarice.

8. Gato ou cachorro? Cachorro. Adoro!

9. Android ou iOS? Android.

10. Paris ou Milão? Ambos.

 

 

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Letícia Laurino Almeida possui formação em Decoração e Desenho de Interiores, aperfeiçoamento em Projetos Residenciais, pós-graduação e mestrado em Psicologia e formação em Feng Shui. Já trabalhou para grandes empresas e, nos últimos anos, se dedica de forma autônoma ao Design de Interiores (projetos e consultorias) e ao ensino de Decoração. Realiza trabalhos de forma presencial e à distância e tem projetos publicados na revista MINHA CASA. Conheça mais seu trabalho:

 

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