Apartamento de 38 m² no Leblon ganha ares de loft após reforma completa
Comandado pelo escritório Pílula Antropofágik Arquitetura, o projeto preservou apenas o piso de taco original e criaram uma base clara com destaques verdes
Projetado pelos arquitetos Richard de Mattos e Maria Clara de Carvalho, sócios do escritório Pílula Antropofágik Arquitetura, este apartamento de 38 m² no Leblon foi pensado para um casal na faixa de 35 a 45 anos.
Trata-se de um imóvel comprado pelo casal para servir de pouso quando vem ao Rio de Janeiro. A principal demanda era inverter a sala de estar com o quarto (criando um corredor de acesso para área social), transformar a antiga cozinha e área de serviço em banheiro do quarto (hoje uma suíte) e a varandinha em área gourmet com uma pequena lavanderia camuflada nos armários.
Além disso, uma nova cozinha foi criada, agora aberta para a nova sala. A reforma foi, portanto, geral. Tudo foi colocado abaixo. Apenas o piso original em taco foi preservado.
Após a reforma, o imóvel conta agora com uma suíte, corredor, cozinha, sala, banheiro social e varanda. Os profissionais procuraram preservar ao máximo a luz natural nos espaços, deixando a base mais clara para destacar do todo um elemento arquitetônico orgânico na cor verde.
As toras de madeira no teto da sala embutem uma iluminação indireta de LED que deixa o ambiente mais acolhedor, sensação reforçada com pela presença dos móveis antigos.
Veja também
- Projeto deixa apê de 32 m² mais funcional e aconchegante
- Criatividade e mobiliário planejado deixam apê de 35 m² amplo e funcional
“Essa foi a nossa brincadeira. Um equilíbrio entre a leveza da base neutra, a personalidade das peças de acervo dos clientes e pontos específicos de cor”, explica o arquiteto Richard de Mattos.
No que se refere à decoração, alguns móveis da avó e da mãe da cliente foram aproveitados, como a cômoda e o sofá da sala e o espelho do banheiro. Como o novo quarto ficou estreito, os arquitetos desenharam uma marcenaria modular que “abraça” a cama e otimiza ao máximo a ocupação do espaço.
O cômodo foi delimitado com painéis deslizantes que permitem isolá-lo quando necessário. A madeira pinus foi escolhida para conferir ao projeto um ar jovial, leve e descolado.
O principal desafio do projeto, foi, sem dúvida, a parede curva na sala. “Fizemos um laudo técnico com engenheiro civil e tivemos que usar uma estrutura metálica que nos permitiu desenvolver essa curva”, revela Maria Clara.
Por ter acontecido no início da pandemia, a reforma foi bastante desafiadora. A situação inédita e inesperada exigiu muito jogo de cintura para contornar os desafios impostos pelos prazos, entregas e falta de material.
Os arquitetos tiveram que alterar praticamente todos os revestimentos por conta do prazo, mas, no fim, o resultado ficou mais interessante do que eles tinham imaginado.