Artista japonesa cria instalação com lã para questionar sobre o sentido da vida
Com lã vermelha e cascos de barco, Chiharu Shiota versa sobre a maneira como nos relacionamos
Na Bienal de Veneza de 2015, a artista japonesa Chiharu Shiota usou lã vermelha, mais de 50.000 chaves e dois barcos antigos para explorar nossa noção de memória e como nos relacionamos. Sua mais nova instalação, chamada de “Uncertain Journey” (ou Jornada Incerta, em tradução livre), pode ser considerada uma progressão da apresentada na Bienal.
Ainda usando metros sem fim de lã vermelha vibrante, Chiharu cobre quase por completo o teto da galeria. Os fios então escorrem pelas paredes e pelo ar até alcançarem cascos de barcos, no chão.
O labirinto emaranhado representa nosso interior – na cor vermelha – e as conexões neurais do cérebro. Para a galeria onde a instalação foi criada, a artista ainda afirma: “as linhas de lã significam, para mim, tudo que conecta as pessoas e as mudanças das relações humanas”.
Já os barcos ocos simbolizam nossa jornada, carregando a lã pelo vasto espaço também vazio, completamente branco. Pensando assim, a instalação levanta reflexões sobre destino e pertencimento, o que é corpo e alma e também as famigeradas perguntas: “o que somos, de onde viemos e para onde vamos?”.
A Uncertain Journey é exibida na galeria Blain | Southern, em Berlin, de 17 de Setembro até 12 de Novembro.
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