Todo mundo conhece, ou já viu uma das mais famosas obras japonesas: A Grande Onda de Kanagawa, traduzida assim em português, e criada por Hokusai, em 1833. A xilogravura retrata uma enorme onda que ameaça três barcos na costa da Kanagawa (a atual cidade de Yokohama). Na imagem, o monte Fuji se ergue ao fundo, emoldurado pela onda, que se acredita ser um tsunami ou, como outros críticos argumentam, uma grande “onda desonesta”.
Porém, o que foi revelado recentemente, através do tweet de Tkasasagi, um pesquisador, historiador e estudante da literatura japonesa, é que a obra teve diversos esboços antecedentes, e até outras xilogravuras que, mais tarde, serviram de base para a peça final, conhecida por todo o mundo.
Segundo Tkasasagi, o artista Hokusai começou a esboçar as ondas com 33 anos de idade, em 1797, com a obra Primavera em Enoshima. Já em 1803, ele cria outro retrato do largo de Kanagawa, apresentando uma grande onda que se erguia sobre um navio. Dois anos depois, em 1805, outra xilogravura é feita e retrata barcos lutando contra o mar, e se assemelha muito a versão final, feita entre 1829 e 1833, com mais detalhes, cores e vida!
O mais legal é que, após mais de 100 anos, a obra mantém seu significado e importância na história da arte japonesa, e até hoje é reconhecida e ganha releituras contemporâneas e divertidas, mostrando a riqueza e força no decorrer das décadas.