O bairro da República, em São Paulo, acaba de ganhar mais um bar inusitado e sedutor! O Love Cabaret – espaço com curadoria artística, direção de arte, performances, gastronomia e coquetelaria – abriu suas portas em junho deste ano, sob o comando de Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott. O projeto da casa é assinado por Maurício Arruda, da Todos Arquitetura.
“A gente queria falar basicamente de corpos livres, de expressões múltiplas que falam de amor e sexo, sem necessariamente entrar no campo da pornografia ou qualquer tipo de objetificação do corpo. O mais importante é que as pessoas se sintam livres e encontrem seus desejos. Falamos sobre todas as possibilidades do nosso corpo, em termos de sentimento, prazer e tesão. Tudo isso se resume em liberdade, você ser aquilo que quiser ser e sentir o que quiser sentir”, conta Maurício.
O Antes X Depois
O antigo Love Story, tinha um piso desativado, como se fosse um piso iluminado, que fazia a alusão às penas do pavão. Esse piso foi um ponto de partida para a construção do projeto, segundo Arruda. Ele foi mantido e restaurado e, com isso, o pavão se tornou uma grande inspiração para toda restauração da casa: a liberdade e a alegria do pavão deu vida a paleta de cores.
Outros elementos foram preservados no novo ambiente, como o corrimão da escada que é de acrílico e iluminado, que foi restaurado e voltou a brilhar. O guarda corpo do mezanino estava todo revestido de espelho e também foi recuperado. Os pole dances que ficam na lateral do palco também se mantiveram na nova roupagem.
Porém, nem tudo ficou como era. O bar mudou de lugar, foram criadas novas áreas de drinks e um sistema de mesas, arquibancadas e lounges foi implementado, permitindo que público prestigie todas as apresentações confortavelmente.
Uma vez que o elemento central do Love são os shows, toda a planta atual foi pensada de maneira ‘radial’, isso quer dizer que é possível ver o palco de todos os ângulos da casa. A acústica do prédio, a parte de iluminação, revestimentos, pisos e mobiliário também foram refeitos. Outra grande mudança foi na cozinha, que hoje se equipara à cozinha de um restaurante, onde servem não só drinks mas também alta gastronomia.
“A arquitetura fala sobre liberdade, prazer e sexo mas sem cair nos estereótipos do sexo, como a cor vermelha que foi usada discretamente e somente um único banheiro ganhou esse tom. As cores predominantes são lilás, verde água, azul petróleo, roxo, azul marinho e rosa. Trouxemos também elementos das performances, com a corda do Shibari que é indispensável para a apresentação”, completa o arquiteto.
A casa tem 500m² e capacidade para 320 pessoas. Além das mesas espalhadas ao redor do palco, arquibancadas nas laterais também é possível assistir às apresentações dos lounges, localizados no segundo andar e que comportam grupos de até 8 pessoas.
O andar superior também foi reservado para o coração da casa, é onde pulsa as batidas de coração do Love Cabaret, que são comandadas pela DJ Sophia Rowlands, em uma grande mesa de som, personalizada com a palavra “Love” que é possível ser vista de qualquer lugar da casa.