Todo mundo ama assistir os Jogos Olímpicos e acompanhar o país, não é? Com a cabeça focada nas pontuações e rankings, esquecemos de prestar atenção nas preparações fundamentais para a ocorrência das partidas.
A arquitetura é uma delas. Além de terem sido planejados para receber eventos esportivos, os estádios, arenas, centros, ginásios e outros espaços possuem histórias e estruturas que refletem a herança cultural do local.
A peça central dos Jogos de Tóquio é o novo Estádio Nacional do Japão, que possui capacidade para 68.000 visitantes. Ele também é um dos poucos edifícios produzidos especificamente para o acontecimento de 2021, pois grande parte da programação foi organizada para ser sediada em lugares já existentes – uma forma de entregar “jogos sustentáveis”.
Outros espaços que fazem parte da lista arquitetônica tiveram suas construções concluídas para as Olimpíadas anteriores, em 1964.
Quer conhecê-los? A seguir, os 13 estádios mais significativos do ponto de vista arquitetônico, segundo Dezeen:
Estádio Nacional do Japão, por Kengo Kuma (2019)
Atletismo e futebol
Por receber as cerimônias de abertura e encerramento, assim como o atletismo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o estádio é uma das construções mais importantes deste ano.
A área ia receber um prédio criado pela arquiteta britânica Zaha Hadid, vencedora de uma competição internacional para esboçar o estádio. Após ser abandonado por preocupações com custos e diferenças com outros profissionais japoneses, que não concordavam com o design, o japonês Kuma assumiu o posto.
Com um formato oval envolto por terraços que contêm plantas e árvores, o edifício é, em parte, feito de madeira – com assentos protegidos sob uma treliça de lariço e um dossel de aço.
Estádio Nacional Yoyogi, de Kenzo Tange (1964)
Handebol, badminton e rúgbi em cadeira de rodas
Desenvolvido pelo vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura Kenzo Tange, esse é um dos locais das Olimpíadas de 1964, que ocorreu em Tóquio também.
Antes utilizada para receber eventos de natação e mergulho, agora o local é aproveitado pelo hóquei no gelo e beisebol.
Centro Aquático Tokyo, por Tange Associates e Yamashita Sekkei (2020)
Natação e mergulho
Com 15.000 lugares, o centro foi idealizado por Paul Tange, da Tange Associates, cujo pai, Kenzo Tange, projetou um ambiente com o mesmo propósito para as Olimpíadas antecedentes.
A forma semelhante a uma pirâmide invertida espelha a aparência das arquibancadas internas.
Nippon Budokan, de Mamoru Yamada (1964)
Judô e karatê
O prédio octogonal foi arquitetado para receber as provas de judô dos Jogos de 64 e, agora, é lhe foi concedida a mesma função. Ele também pode ser usado como palco para eventos de artes marciais e de música.
Centro de ginástica Ariake, da Nikken Sekkei + Shimizu Corporation (2019)
Ginástica e Boccia
Criado para parecer uma embarcação flutuante, o centro de ginástica Ariake é repleto de características de madeira – assentos, as paredes revestidas do telhado e a estrutura, nesse caso acompanhada de aço.
Com arquibancadas provisórias para o grande acontecimento, o centro terá capacidade para 12 mil pessoas – mas o número será reduzido com o encerramento.
Fórum Internacional de Tóquio, por Rafael Viñoly Architects (1997)
Levantamento de peso
Apesar de ter sido erguido para o Governo Metropolitano de Tóquio, a competição de levantamento de peso acontece no Fórum Internacional de Tóquio.
O lobby principal ganhou “uma das estruturas mais ousadas já construídas no Japão”, segundo o estúdio de arquitetura. O grande elemento foi originado a partir de duas paredes de vidro de 60 metros de altura que se cruzam.
Ginásio metropolitano de Tóquio, de Fumihiko Maki (1991)
Tênis de mesa
Localizada ao lado do estádio de Kuma, o edifício foi elaborado por Fumihiko Maki, ganhador do Prêmio Pritzker de Arquitetura, e desenvolvida originalmente para receber o Campeonato Mundial de Wrestling, em 1954, – antes de hospedar a ginástica nas Olimpíadas de 1964.
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Depois de ser amplamente reconstruído por Maki e reaberto em 1991, hoje é a sede da disputa de tênis de mesa.
Arena Kokugikan, da Kajima Corporation (1985)
Boxe
Casa do sumô em Tóquio, a Arena Kokugikan foi planejada em 1985 pela Kajima Corporation. Atualmente, durante as partidas, a área acolhe os torneios de boxe.
Arena Ariake, de Kume Sekkei (2019)
Voleibol e basquete em cadeira de rodas
Ao lado do Centro de Ginástica Ariake, na Baía de Tóquio, a Arena Ariake apresenta capacidade para 15.000 pessoas e recebe o vôlei e basquete em cadeira de rodas. Sua fachada contém uma cobertura convexa que lembra o formato de uma onda.
Makuhari Messe Hall, de Fumihiko Maki (1989)
Esgrima, taekwondo, luta livre e goalball
O segundo prédio de Maki que será usado nos Jogos, o Makuhari Messe Hall, é um centro de conferências. Ele foi produzido inteiramente em concreto pré-moldado e aço estrutural. Em cima do edifício, uma cobertura curva dinâmica se destaca.
Izu Velodrome, de Gensler Architects (2011)
Ciclismo
A instalação em forma de cúpula prateada, chamada Velódromo Izu, foi projetada pelo estúdio norte-americano Gensler Architects. Erguida há 30 anos, é conhecida como a primeira pista de ciclismo coberta de 250 metros no Japão.
Estádio Miyagi, de Shoichi Haryu e Hitoshi Abe (2000)
Futebol
O Estádio Miyagi é um dos sete estádios preparados para receber as Olimpíadas.
Musashino Forest Sport Plaza, por Nihon Sekkei (2017)
Badminton, pentatlo e basquete em cadeira de rodas
A arena Musashino Forest Sport Plaza foi planejada especialmente para este ano e para o campeonato de badminton, pentatlo e basquete de cadeira de rodas. Situada no oeste de Tóquio, tem capacidade para mais de 10.000 pessoas.
*Via Dezeen