No final de janeiro, parecia que a Escola de Arquitetura de Taliesin iria encerrar suas atividades e enviar seus 30 alunos remanescentes ao Instituto Herberger de Design da Universidade Estadual do Arizona. Contudo, após uma fervorosa repercussão na mídia e comoção de alunos e profissionais, uma boa notícia. O conselho da SoAT reverteu sua decisão e irá manter a escola aberta.
Ainda que a permanência seja, sem sombra de dúvida, algo a ser celebrado, a situação que levou à primeira decisão permanece preocupante: institucionalmente, a SoAT segue precária. Isso porque a briga entre ela e a Fundação Frank Lloyd Wright, grupo do qual fazia parte, mas se separou em 2017, está longe de terminar. O terreno em que a escola está pertence à Fundação, e segundo Stuart Graff, presidente e CEO da Fundação Frank Lloyd Wright, a Escola é um obstáculo financeiro que exige “fundos aspiracionais, mas irreais”.
Em contrapartida, a SoAT divulgou um memorando afirmando: “não temos e nem teremos no futuro previsível os recursos necessários para operar com sucesso nosso modelo atual. Não temos o financiamento para ter os programas de software de última geração necessários para obter um emprego bem-sucedido. Nossos alunos são imensamente talentosos, mas precisamos fornecer a eles as ferramentas adequadas. Não importa quão românticas ou quixóticas sejam as aspirações, elas falham em encontrar a realidade atual”.
A parte de toda essa briga está o público, que organizou uma petição com quase 10 mil assinaturas para manter a SoAT aberta. O conselho afirmou hoje que conseguiu financiamento adicional, que viabiliza a operação no longo prazo. Porém, a palavra final “agora pedindo à Fundação que permita à Escola estender seu contrato existente para que possa permanecer aberta, mas a Fundação está sendo resistente e ainda mantém o poder de forçar a Escola a fechar, a menos que seja alcançado um acordo”.