Indicado para o Prêmio Aga Khan de Arquitetura 2019, o projeto do estúdio Urko Sanchez Architects deu às crianças vulneráveis de Djibouti (África) um lar.
Feito para a instituição SOS Children’s Villages International, o complexo de concreto fez referência à tipologia tradicional de bairros murados encontrado em muitas cidades do norte da África.
Com seus espaços abertos e uma rede de ruas em forma de labirinto, a SOS Children’s Village foi projetada para promover um senso de comunidade para as crianças órfãs e carentes que moram lá.
“Indo contra o fluxo contemporâneo de mínimo espaço aberto, certificamo-nos de que cada casa tivesse uma área aberta que fosse privada o suficiente para se tornar parte integrante da casa e da vida cotidiana”, diz o escritório.
O complexo foi construído a partir de uma estrutura de concreto armado, preenchida com blocos do mesmo material, só que pré-moldado, e revestida com um acabamento pálido para ajudar a refletir a forte luz solar.
O aglomerado de edifícios consiste em 15 casas separadas, cada uma com 10 crianças, além de unidades adicionais para funcionários, serviços e uma casa para o diretor do centro.
Elas são organizadas para equilibrar o desejo pela criação do espaço privado com a necessidade de segurança e “vigilância orgânica” pelos funcionários da SOS que cuidam das crianças.
A ventilação natural – ideal para o clima quente e seco da região – foi explorada a partir de corredores criados pelos becos estreitos de cada unidade de alojamento.
Sem carros, essas vielas também são lugares seguros onde as crianças podem brincar. Plantas foram introduzidas no projeto para criar uma vegetação comum que os moradores são encorajados a cuidar.
“Em última análise, o SOS Children’s Village é uma concha de proteção à vida”, diz o Urko Sanchez Architects.