Relação radical com o contexto em que se insere: é assim que se descreve a arquitetura ficcional de Amey Kandalgaonkar. O arquiteto e fotógrafo, que já projetou uma casa dentro de rochas na Arábia Saudita, agora propõe uma abordagem mais sensível em seu novo projeto.
A Rock House 3, como foi chamada, existe dentro de uma natureza quase intocada e se configura como uma massa de concreto elevada sobre pilotis. Como foi disposta, diminui seu impacto sobre as rochas do deserto abaixo dela.
Junto a sua relação com o ambiente natural, a Rock House 3 é caracterizada por sua condição circulatória direcional. As três maneiras de entender a organização incluem os espaços designados para circulação (corredor e escada), a sala enclausurada e a lógica paladiana das salas interconectadas que devem ser atravessadas.
O volume da casa, juntamente com a influência da elevada rede de estradas em Xangai, sugere uma trajetória contínua ininterrupta por salas fechadas.
Essa rota contínua é dividida em pontos de interseção, nos quais os interiores podem se abrir para um telhado adjacente que, de outra forma, seria atravessado por baixo.
Muitas dessas aberturas encaram pátios internos e não são facilmente percebidas quando vistas de fora, preservando a imagem do volume emaranhado. Diferente, não é?