Passarela com brises metálicos amarelos conectam áreas desta casa no mato
A Casa das 7 Árvores, projeto sustentável do escritório Hersen Mendes Arquitetura, preservou as árvores do entorno bem como a permeabilidade do solo.

Localizada em um terreno dentro do cerrado brasileiro, a Casa das 7 Árvores, desenvolvida pelo escritório Hersen Mendes Arquitetura, foi projetada para equilibrar o natural e o construído, estabelecendo uma relação única entre a residência e a natureza do entorno.

“Queremos entrar em casa e sentir como se estivéssemos saindo dela”, era o pedido dos clientes. Com essa premissa, o projeto partiu da vegetação natural do terreno — especialmente das árvores, que foram mapeadas, preservadas e incorporadas à concepção arquitetônica. O nome da residência homenageia as sete árvores que orientaram sua implantação.

Aproveitando a inclinação natural do terreno, a casa foi disposta na área mais plana, avançando gradualmente conforme o desnível. Em alguns trechos, a construção se destaca do solo, criando uma dinâmica em que avança e recua em sintonia com a paisagem. Priorizou-se a permeabilidade do solo para manter o fluxo natural das águas e preservar a fauna e a flora locais.

No ponto mais elevado do terreno, o ateliê da moradora, dedicado às atividades de arte e costura, fica completamente suspenso sobre dois pilares em formato de árvore. Ele se conecta ao espaço social da casa por uma passarela com brises metálicos amarelos, que protegem contra a insolação.

Além da integração com a natureza, priorizou-se o uso de materiais locais, como tijolos ecológicos produzidos sem queima, minimizando impactos ambientais. A casa também conta com um sistema de energia fotovoltaica para complementar seu consumo energético.

No interior, os ambientes são fluidos e versáteis, sem delimitações rígidas. A casa recebeu uma curadoria diversa de mobiliário e obras de arte, materiais naturais, como mármore Bege Bahia no piso, além de revestimentos em tons terrosos, verdes e neutros.

Em destaque, a parede da TV, suspensa do chão, esconde um armário e é complementada por uma lareira na base. Já os volumes da cabeceira do quarto e do apoio da cozinha, que não tocam o teto, contribuem para a fluidez dos espaços.

A biblioteca tornou-se um elemento central no projeto. Em vez de ser um cômodo isolado, ela se espalha por toda a casa, com estantes distribuídas ao longo do térreo, permitindo que diferentes cantos sejam escolhidos para leitura. As estantes são feitas de aço cortén, o mesmo material da escada e da porta do lavabo.
A iluminação foi projetada para ser funcional e discreta: na sala de jantar, fitas metálicas direcionam a luz para baixo; na sala de TV, a iluminação destaca a laje, criando um ambiente aconchegante.
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