No Norte de Londres, uma casa vitoriana nem parece que foi totalmente reformulada. Por fora, não há nada na fachada que indique qualquer tipo de mudança. Mas, não há dúvida, o projeto do prestigiado escritório Jamie Fobert Architects foi ousado. Ele adicionou dois novos pisos no subsolo da Primrose Hill original, que oferecem uma sala de estar repleta de luz e uma piscina revestida em mármore travertino.
No entanto, para que fossem luminosos e tão confortáveis quanto o restante da casa, foram incorporados elementos arquitetônicos que favorecem essa entrada de luz. Por exemplo: paredes envidraçadas, poços de luz e claraboias.
Vale notar, a planta original já estava bastante alterada, passando ao longo dos anos de uma casa unifamiliar para vários apartamentos sem, no entanto, perder sua forma histórica.
Subsolos dedicados a espaços de convivência
“Nossa ambição era criar espaços contemporâneos dentro da vila original, trazendo luz, ar e volume, e estendendo suavemente o tecido do edifício para criar circulação e vistas para o jardim”, conta o arquiteto Fobert.
Por isso, o projeto precisou de cuidados com a engenharia. Os dois pisos originais da casa foram temporariamente suspensos para permitir a reconstrução de um primeiro subsolo e a colocação de um piso extra por baixo. Além disso, duas novas escadas – uma na frente da casa e outra em uma discreta extensão lateral – conectam os novos espaços à casa existente.
Desta forma, o piso superior do subsolo contém todos os espaços de convivência da família em um layout de plano quebrado. Para isso, um grande armário de nogueira divide o que seria um espaço de plano aberto em diferentes zonas. De um lado ficam uma cozinha e um balcão de café da manhã. Do outro, uma sala de jantar e, à frente, um lounge e lobby.
Veja também
- Casas vitorianas ganham vizinhas “fantasma”
- Casa vitoriana em Melbourne recebe extensão de vidro e tijolinhos
- Cozinha se abre para o jardim nesta casa em Londres
Por sorte, os níveis inclinados do terreno permitiram adicionar paredes envidraçadas na parte traseira. Resultado: os cômodos deste andar se abrem para um pequeno jardim na parte de trás.
Piscina iluminada no segundo subsolo
O piso inferior do subsolo, que abriga a piscina, foi projetado para trazer o máximo de luz natural possível. Para isso, uma claraboia está posicionada no final da piscina, criando um jogo dramático de luz e sombra nas superfícies de travertino. Da mesma forma, outros quartos, que incluem um escritório e um quarto de hóspedes, recebem iluminação natural de dois poços de luz no pátio.
Finalmente, em ambos os níveis, pilares e vigas de concreto aparente oferecem uma sensação mais industrial do que o restante da casa. “Foi importante para mim que a altura do teto fosse generosa, criando um volume que removesse a sensação de estar no subsolo”, disse Fobert.
*Via Jim Stephenson e Dezeen