Casa em Teresópolis tem esquadrias, tijolinhos e cimento queimado na fachada
A arquiteta Viviane Cunha balanceou os volumes fechados com as áreas abertas, para tirar o maior proveito do terreno em aclive.

Depois de anos frequentando Teresópolis, uma família decidiu construir uma casa na cidade serrana. O terreno escolhido, em um condomínio, próximo a um lago e circundado por grandes árvores, era o local ideal para uma residência relaxante, mas a posição em aclive foi um desafio para a arquiteta Viviane Cunha, responsável pelo projeto.

Para atender a todas as expectativas dos proprietários, ela tirou proveito do terreno criando uma casa com plano inclinado que garante total privacidade em relação aos vizinhos, já que a fachada em tijolinho bloqueia a visibilidade do exterior tanto no quarto de hóspedes, que fica no térreo, quanto no terraço do segundo andar.

“Fizemos uma distribuição dos espaços de maneira a balancear os volumes fechados com as áreas abertas. Assim, os ângulos agudos do terreno foram minimizados” explica Viviane.

Com 210 m² a construção em dois andares tem salas de estar e jantar integradas em um só ambiente no térreo. O ambiente ganhou grandes panos de vidro que trazem a natureza – tão presente no exterior – para dentro da casa. Como a rua fica dois metros abaixo do acesso principal, a área social tem a privacidade garantida permitindo que a família aproveite o espaço até mesmo nos dias mais frios (com lareira acesa) ou de chuva – algo que não é nada raro por ali.

“Um detalhe da construção é que incluímos caixas de concreto para proteger as esquadrias já que a região tem forte incidência de chuvas. Isso garante maior conforto e praticidade chova ou faça sol” ensina a arquiteta.
O primeiro pavimento tem ainda uma cozinha que se conecta a uma pequena área externa com grande mesa para refeições; e um quarto de hóspedes próximo à sala, que faz as vezes também de home-office, quando a família resolve ficar por ali também durante a semana.
Já o segundo andar da casa concentra as suítes do casal e dos filhos e um pequeno terraço, que costuma ser usado para encontros dos mais jovens com os amigos. Uma solução que se tornou possível porque Viviane optou por fazer lajes impermeabilizadas ao invés de um telhado aparente, o que realça ainda mais o jogo de volumes da construção.
Outra característica sempre presente nos projetos de Viviane é a sustentabilidade. Aqui, ela priorizou uma seleção de revestimentos naturais como madeira nas esquadrias, tijolinhos e cimento queimado nas fachadas, além de cerâmicas com características sustentáveis. Além disso, a estrutura é em concreto armado.

“Sustentabilidade está sempre na base das nossas criações. Desde o posicionamento dos ambientes em relação a sol, ventos e chuvas, para reduzir a necessidade de equipamentos para refrigerar ou aquecer os espaços e, também, para evitar manutenções frequentes até a escolha dos materiais. Tudo é cuidadosamente pensado para reduzir o impacto no meio ambiente” garante a arquiteta.