Apartamento de 57 m² com tons neutros e marcenaria inteligente
Livre do segundo quarto, o endereço de um solteiro conquistou uma sala de estar mais espaçosa, com lugar até para o home office
O segundo quarto era tão dispensável para o comprador do apartamento que enquanto a obra subia no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o rapaz pediu à construtora para não levantar as paredes que o delimitariam.
Por outro lado, os 5,60 metros quadrados do cômodo eram mais que bem-vindos à ampliação da área social. “O morador é um jovem advogado que trabalha muito”, conta a arquiteta Duda Senna, contratada para personalizar o imóvel.
“Depois de explicar que desejava um endereço confortável, com marcenaria sofisticada, muito branco e cinza, ele me delegou 100% da criação do projeto.”
O edifício com 16 andares foi erguido com alvenaria estrutural: como não existem pilares para sustentar o peso da construção, as paredes cumprem esse papel, por isso levam blocos especiais. “As divisórias do segundo quarto eram as únicas sem função estrutural. Eu não podia derrubar mais nada”, afirma a arquiteta.
O que ela podia fazer – e fez – foi retirar as portas da varanda para melhor aproveitar a área, que acolheu a mesa de jantar.
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A decisão abriu lugar para um organizado home office próximo à entrada do apê e à estante embutida que é ao mesmo tempo bar e home theater.
Do lado oposto dessa divisória, a cozinha repete os acabamentos principais da marcenaria: nogueira-americana e laca branca.
Há também o MDF laqueado de cinza, que finaliza nichos como os das garrafas de vinho.
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Outros tons acinzentados tingem as paredes, o painel do quarto e o chão de porcelanato – o revestimento cobre os 57 metros quadrados do imóvel. Duda explica: “Para mim, aplicar um só piso propicia a sensação de amplidão, porque você não vê limites entre os cômodos”.
Outra escolha importante para o bem-estar no apartamento foi rebaixar o teto com gesso. O forro permitiu esconder a tubulação do ar condicionado que refresca a sala e o quarto e, ainda, deu flexibilidade à proposta luminotécnica.
“Embutindo os spots em diversos pontos, consegui criar variadas cenas com as lâmpadas dicroicas”, diz a autora, que completou o projeto com pendentes e luz indireta.