Há cerca de um ano, o jornalista André Freire e seu companheiro, o administrador Bruno Borges, deixaram o compacto apê onde viviam e se instalaram em uma casa cercada de verde no bairro do Jardim Botânico, em Brasília. Ao acomodarem seus pertences, constataram, porém, que nem tudo se encaixava: agora, sobrava espaço! Foi o que aconteceu na sala, por exemplo. No novo lar, o cômodo de 17 m² ficou pouco preenchido e um tanto sem graça. “A ambientação não estava nada atraente para uma sala de visitas e tampouco era convidativa para um home”, considera o arquiteto André Alf, que, ao lado da sócia Camila Salomão, promoveu uma completa transformação no lugar. Atendendo aos pedidos de Bruno e André, a equipe de profissionais imprimiu no local uma identidade urbana, com um despojado apelo masculino. Sem quebra-quebra, em poucos dias, o antigo ambiente de estar foi embora. E não, ele não deixará saudades.
UM CONVITE AO LAZER
Amantes de filmes e séries, os donos da casa sentiam falta de mais conforto na hora de curtir o home theater. Para resolver a questão, uma profusão de almofadas tomou conta da área e um tapete de pelos longos foi acomodado aos pés do sofá. A luz indireta do abajur arrematou a atmosfera aconchegante.
VISUAL COSMOPOLITA
Chamativa, a decoração proposta não passa despercebida. Que o diga a parede oposta à porta de entrada! De um lado, ela é recoberta por um pôster com as típicas escadas dos prédios norte-americanos. Do outro, é preenchida por um papel de parede com estampa de pedras. Aprovado pelos moradores, o recurso se tornou o grande destaque do pedaço.
COMPOSIÇÃO ORIGINAL
Atrás do sofá, a equipe de arquitetura criou um arranjo que reúne catorze peças, entre quadros e fotos. A disposição fora do convencional trouxe descontração e modernidade ao espaço, além de refletir o espírito jovem dos brasilienses.
INTENSIDADE COM PARCIMÔNIA
Um tom sóbrio de cinza (Metalatex cor Dorian Gray, da Sherwin-Williams) foi eleito para a nova pintura. “A princípio, a escolha nos assustou”, admite André. “Mas os elementos inseridos depois, compensaram o aspecto sério da tinta”, avalia, referindo-se especialmente a duas cadeiras vermelhas de design marcante e a quatro mesas na cor laranja que resultaram em um irreverente conjunto que serve como apoio.
TROCA ESPERTA
Deixada no imóvel pelos inquilinos anteriores, a enorme estante era o que mais incomodava a dupla de moradores. “Ela não refletia o nosso gosto e dava uma cara ultrapassada para a sala”, analisa o jornalista. Os arquitetos, então, não pensaram duas vezes em removê-la, substituindo-a por prateleiras e nichos de madeira comprados prontos. “É uma solução que fica muito mais barata do que a marcenaria feita sob encomenda”, garantem os especialistas.
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