Em sua estreia na CASACOR Paraná, Rodolfo Fontana assinou um ambiente desafiador. Diante de uma metragem reduzida e layout estreito, o arquiteto elaborou uma solução criativa: inspirar-se em um bar de um trem! O “Bar do Viajante” apresenta itens escolhidos a dedo para representar as andanças pelo mundo.
Desde um tapete sob medida vindo da Índia até almofadas de marabu, passando por whiskys escoceses e obras de arte de diversos locais, cada peça conta uma história e contribui para a atmosfera acolhedora e sofisticada.
Inspirado pelas clássicas jornadas de trem, como o lendário Orient Express, que vai de Paris a Istambul, o British Pullman na Grã-Bretanha, o Royal Scotsman na Escócia, o Hiram Bingham no Peru, o Rovos Rail na África do Sul e o Maharajas Express na Índia, Fontana conseguiu trazer uma estética que mescla o antigo com o novo.
O ambiente do bar evoca a nostalgia dessas viagens, enquanto mantém uma contemporaneidade que convida à criação de novas memórias.
“Este espaço é um lugar de recordação e planejamento para novas viagens, ideal para curtir um drink sozinho, a dois ou com amigos, e para contar histórias das viagens pelo mundo. Cada móvel e objeto foi cuidadosamente selecionado para trazer o ar de casa, criando um ambiente aconchegante”, enfatiza o profissional.
A paleta de cores, com tons de vermelhos, rosas, marsalas e lilás, recria paisagens de montanhas e pradarias vistas pelos trens em suas jornadas, o destaque fica por conta do papel de parede, que alude ao ponto de vista de uma pessoa em um trem em movimento. O mix de tecidos e texturas, juntamente com materiais nobres como latão tingido, mármore, madeira e espelhos, são os protagonistas, proporcionando uma elegância sutil e atemporal.
O mobiliário, em sua maioria assinado por Jader Almeida, inclui cadeiras com palha indiana, o bar London e a mesa de apoio, ambas uma releitura do estilo Art Déco. Entre as obras de arte, destacam-se artistas modernos brasileiros consagrados como Di Cavalcanti, Francisco Rebolo e Stockinger.
Uma licoreira do Barão do Serro Azul, trisavô de Fontana, que faz parte do acervo familiar do arquiteto e dá um toque pessoal e histórico.
“A boa arquitetura sempre deve respeitar a história e a situação dos seus clientes, sem impor modismos. Na CASACOR, criamos justamente a síntese disso. O bar do viajante é uma coletânea das memórias desse ‘jet setter’, que vive para lá e para cá, trazendo para sua casa as recordações desses momentos mundo afora”, pontua Rodolfo.
Sendo assim, ele nos convida a embarcar em uma viagem através do tempo e do espaço, em um ambiente que celebra a vida, a memória e a elegância de forma atemporal.